Anápolis SAÚDE

UPA da Mulher deve ser aberta em novo formato em até 40 dias, diz secretária

Ministério Público cobra explicações da prefeitura sobre a demora na reabertura da unidade de atendimento às mulheres

31/01/2025 08h00
Por: Emilly Viana
Foto: Lara Sartin
Foto: Lara Sartin

A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Mulher, que permanece fechada desde o início da gestão Márcio Corrêa, deve ser reaberta em até 40 dias, segundo a secretária municipal de Saúde, Eliane Pereira. A unidade, que foi inaugurada no fim da administração passada, passará por adequações estruturais.

"[Não reabrimos] porque não está pronta. Ela foi entregue, mas precisa de várias coisas. Por exemplo, não tem ar condicionado, não tem estrutura de oxigênio, mas não tem o oxigênio em si. Então tem muita coisa que precisa ainda colocar, mas já está em processo, já está terminando", justificou. "A previsão é que, nos próximos 40 dias, eu acredito que a gente já tem uma resposta para a população", declarou. 

A UPA da Mulher chegou a funcionar por duas semanas antes de ser fechada pela nova gestão e, nesse período, realizou mais de 3 mil atendimentos. A unidade foi inaugurada no final da administração anterior como uma alternativa para reduzir a demanda na rede municipal de saúde, mas teve os serviços suspensos devido a questões contratuais e estruturais, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.

Além dos ajustes, a secretária destacou que a unidade não manterá a proposta original voltada exclusivamente para o atendimento feminino, que reforçaria a rede de proteção à mulher no estado, e passará a receber pacientes de toda a cidade. A mudança, segundo Eliane, visa reduzir a sobrecarga na UPA da Vila Esperança.

"Ela vai ser uma UPA para a população como um todo, porque todo mundo sabe como que está Vila Esperança hoje. Extremamente lotada. A gente precisa de uma UPA para atender a população como um todo", ressaltou.

Segundo Eliane Pereira, a Secretaria Municipal de Saúde ainda estuda o fluxo de atendimento nas unidades de urgência e emergência do município. Uma das possibilidades analisadas é a transferência temporária dos serviços da UPA da Vila Esperança para a nova unidade, permitindo a realização de reformas na estrutura mais antiga.

"Nós estamos desenhando como que vai ser feito. Se traz a UPA da Esperança aqui para essa UPA e reforma lá e depois retorna e abre essa. A gente ainda está em processo de construção desse fluxo", revelou a secretária. 

A situação da UPA tem sido questionada, inclusive, pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO). O órgão abriu uma investigação para apurar o fechamento da unidade e deve ouvir os responsáveis pela interrupção. A secretária disse que ainda não havia informado oficialmente ao órgão sobre o prazo estimado para a reabertura, mas que prestaria esclarecimentos nesta quarta-feira (31).

GEORGES HAJJAR

Inaugurado no fim do ano passado, o Hospital Municipal Georges Hajjar, localizado no bairro Leblon, é outra unidade que ainda não teve atendimento viabilizado com a nova gestão. A secretária de saúde alega que a estrutura está em fase final de construção e será utilizado para ampliar a oferta de leitos na cidade. A expectativa é que o espaço atue como suporte para internações que hoje ocupam espaços inadequados, como as enfermarias da UPA da Vila Esperança.

"Ele vai ser leito de retaguarda para as cirurgias eletivas do Alfredo Abrão. Então faz a cirurgia e o paciente é encaminhado para o Georges Hajjar. UPA Esperança tem duas enfermarias lá que não deveria ter, porque são pacientes que ficam ali o tempo todo. Ali virou quase que um hospital de campanha. Então, paciente que está muito tempo na UPA, ele vai para o Georges Hajjar", pontuou.

O hospital contará com 68 leitos. No entanto, a definição do modelo de gestão ainda está em andamento. "Ele tem, ele está bem avançado, é só terminar a finalização da construção dele. Ele já tem assim, já está tudo no planejamento. Então a equipe lá trabalhando nele. Já a gente já está vendo equipamentos e, ao mesmo tempo, quem vai gerir o hospital", afirmou a secretária.

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