O senador Jorge Kajuru (PSB), durante visita a Anápolis, nesta quarta-feira (22), afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) o quer como ministro numa eventual reeleição. E, conforme o parlamentar, a pasta já estaria até definida.
“O presidente Lula me deseja, sendo reeleito, como seu ministro da Comunicação”, destacou. Pela conversa com o presidente, o senador avalia candidatar-se a deputado federal no próximo ano e, portanto, abrir mão da reeleição.
Este, no entanto, não seria o único motivo para o pessebista não continuar no Senado. Segundo ele, sua Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que dá fim à reeleição para cargos do executivo deve avançar na Casa. Neste caso, ele vê como incoerência disputar novo mandato de senador em 2026.
“Eu tenho a PEC do fim da reeleição para prefeitos, governadores e presidentes da República a partir de 2030 e ela vai passar este ano. Acho incoerente eu não querer a reeleição dos outros e querer a minha. Minha PEC passando, desisto da reeleição e vou para deputado federal, como o presidente Lula quer, e assumo o ministério que ele quer caso ele seja reeleito”, destacou.
O senador afirmou ainda que “tem certeza de que a reeleição de Lula vai acontecer”. Neste momento, o parlamentar citou que tem amigos no espectro político da direita e da extrema-direita, mas classificou quem está neste campo político como imbecil.
“Com todo respeito que tenho pela direita, ela ou a extrema-direita não têm nenhum nome com o peso de Lula. Lula é um animal político e a direita tem um monte de imbecil”, asseverou.
Um dos nomes da direita que se coloca na disputa em 2026 é o governador Ronaldo Caiado (UB), a quem Kajuru, noutros momentos, já teceu elogios. Caiado, mais recentemente, passou a fazer críticas frequentes ao governo Lula, tentando pavimentar seu caminho como opositor.
Kajuru, por sua vez, poderia ter uma disputa acirrada numa eventual tentativa de se reeleger para o Senado Federal. O pessebista teria adversários como Gracinha Caiado (UB) e Gustavo Gayer (PL), que já sinalizaram interesse na disputa. Ademais, o grau de conservadorismo expressado pelos goianos nas urnas é outro empecilho numa eventual candidatura.