Política NA BRONCA

Humberto Evangelista cobra participação do PL na gestão e diz: ‘prefeito apequena o partido’

Membro do partido e candidato em 2024, ele expõe racha na legenda e pede espaço à sigla na administração municipal

08/01/2025 20h00
Por: Redação
Foto: Reprodução / Instagram
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O Delegado Federal Humberto Evangelista veio a público para expor um racha no PL. Ele, que concorreu ao cargo de vereador na última eleição municipal, afirma que o prefeito Márcio Corrêa, eleito sob a legenda, não cumpriu os compromissos que fez com os colegas de partido.

Contundente nas críticas, ele afirma que o chefe do executivo está “apequenando o partido” e cobra a participação dos quadros liberais na administração municipal. Humberto diz que espaços têm sido abertos a outras legendas, mas o PL não foi contemplado.

“O prefeito atual está deixando o PL para trás. Em nenhum momento eu vi o atual prefeito consultar o presidente do PL para participar do projeto de governo na atual administração. Ele está abrindo espaço para outros partidos, mas e o PL? Para mim, o prefeito pegou o PL e colocou no bolso”, disse em entrevista ao Painel DM desta terça-feira (7).

Evangelista pondera que fala apenas em seu nome, mas revela um “descontentamento dos candidatos que não foram eleitos e agora foram deixados para trás.” Segundo o delegado, “o PL nunca se sentou à mesa com o prefeito para discutir a gestão administrativa e o projeto para a cidade.”

“O PL é muito grande. O que o prefeito está fazendo está apequenando o partido. O partido abraçou a causa, foi para a luta e agora ele vira as costas”, desabafa.

Rusgas

O PL em Goiás vive momentos tensos desde dezembro, quando o vereador por Goiânia, Major Vitor Hugo, levou o vice-governador Daniel Vilela (MDB), que será candidato ao Palácio das Esmeraldas em 2026, ao ex-presidente Jair Bolsonaro. O gesto provocou profunda irritação no grupo do senador Wilder Morais, que projeta ser adversário de Vilela no próximo ano. A roupa suja foi lavada publicamente, com diversos vídeos publicados em redes sociais pelos dois lados.

Em Anápolis, o partido tem como presidente do diretório o ex-vereador Hélio Araújo, que acabou não reeleito em 2024. Ele é do grupo de Wilder, enquanto Corrêa foi levado à legenda pelas mãos de Vitor Hugo. 

Apesar da celeuma a nível estadual, Evangelista afirma que houve um acordo de que, se eleito, Corrêa ‘não iria deixar ninguém para trás’. “Ele (disse) que ia administrar a cidade com o PL, que o recebeu de braços abertos”, conta. O liberal cita o caso do próprio Hélio, que chegou a ser pré-candidato a prefeito.

“O Hélio abriu mão (da candidatura) para que o Márcio viesse. O Hélio abraçou a causa, foi à luta e cadê? Para mim, causa estranheza ele não ter chamado o partido para discutir a cidade de Anápolis”, complementa.

Evangelista garante que não veio a público para cobrar cargos, mas sim espaço na mesa de discussão e afirmou que respeita o secretariado, segundo ele, ‘técnico e preparado’, mas ressalva: “errou o prefeito ao virar as costas para os integrantes e para a cúpula do PL.”

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