A vereadora Andreia Rezende, presidente da Câmara Municipal, negou que ela, o pai Amilton Batista ou o deputado estadual Amilton Filho indicaram nomes para o primeiro escalão da Prefeitura de Anápolis. A família foi aliada de primeira hora de Márcio Corrêa (PL), eleito após vencer Antônio Gomide (PT) com folga no segundo turno da eleição de 2024.
Apesar do apoio ao empresário, segundo a parlamentar, nenhum nome que está hoje no secretariado foi ocupado por indicação dos Batista. Ela lembra que, em diversas entrevistas, Corrêa mostrou preferência por um perfil altamente técnico e as escolhas foram exclusivamente dele.
“A formatação do secretariado foi exclusiva do prefeito. Ele deixou claro em diversas oportunidades que queria nomes técnicos no primeiro escalão. Nossa família contribuiu muito para a vitória do nosso prefeito e vamos continuar apoiando. Mas num primeiro momento, muito mais do que cargos, precisamos apoiar e estar ao lado do prefeito para fazer a cidade funcionar e gerar. No momento, este não é o foco. Nesse momento, não (teve indicação)”, ressaltou.
O nome de Rezende foi apoiado pelo prefeito na eleição para a mesa diretora. Ela foi candidata única no dia 1º, mas quando as articulações se iniciaram, o agora ex-presidente Domingos Paula (PDT) pretendia buscar a reeleição para o comando da Casa. Ele, inclusive, reclamou da interferência do executivo, como mostrou o DM.
Apesar de alguns posicionamentos contrários ao prefeito, sobretudo do pedetista e do vereador Luzimar Silva (PP), a presidente não vê, neste momento, um bloco de oposição montado no parlamento. “Vejo um clima muito tranquilo na Câmara. Muito natural do parlamento, da democracia. Todo mundo ali, apesar de algumas cobranças, quer contribuir e entregar resultados à cidade. Não vi cobranças exageradas”, destacou. “Eles mesmos falaram que queriam contribuir com a cidade e estão abertos ao diálogo com o prefeito”, completou.
No posicionamento pessoal, Andreia Rezende coloca-se como fiel aliada de Corrêa. No entanto, a vereadora destaca que cumpre, acima de tudo, um figurino institucional, que não permitirá que a Casa seja tratada como subserviente ao poder executivo.
“Tenho tranquilidade de saber que meu apoio pessoal é ao prefeito Márcio Corrêa, mas tenho muita consciência do meu papel institucional e de entender meu dever e responsabilidade de entender e respeitar a todos e fazer as coisas conforme o regimento da Casa”, frisou.