Goiás SAÚDE

Casos de dengue disparam em Goiás e exigem alerta no período de férias

Estado registra aumento de 264% nos casos em 2024, com 417 mortes confirmadas e focos do Aedes aegypti ainda preocupando autoridades

06/01/2025 17h00
Por: Emilly Viana
Foto: SES
Foto: SES

Goiás registrou mais de 300 mil casos confirmados de dengue em 2024, representando um aumento de 264% em relação ao ano anterior. A escalada da doença resultou em 417 óbitos confirmados, enquanto outras 56 mortes seguem sob investigação.

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) atribui o aumento à circulação predominante do sorotipo 2 da dengue, que é mais virulento e responsável por quadros mais graves da doença. “Com o final de ano e a retomada do período chuvoso em Goiás, os cuidados precisam ser redobrados em relação às doenças que são transmitidas pelo Aedes aegypti”, destacou Murilo do Carmo, coordenador de Dengue, Chikungunya e Zika da SES-GO.  

Para conter a disseminação, o governo estadual montou um gabinete de crise durante o período mais crítico da emergência sanitária, monitorando os casos em conjunto com os municípios e direcionando recursos para as regiões mais afetadas. Apesar das ações, a SES-GO alerta que o combate ao Aedes aegypti depende principalmente da prevenção por parte da população, especialmente durante o período de férias.  

"Entre as medidas preventivas, nós recomendamos a limpeza periódica de quintais e o descarte de recipientes que acumulam água parada, como pratinhos de plantas e reservatórios de geladeiras e ar-condicionado. Antes de viagens, é importante vedar ralos, caixas d’água e vasos sanitários, além de manter piscinas tratadas com cloro e cobertas", pontuou o coordenador.

Para quem pretende viajar a locais com vegetação densa, como trilhas e acampamentos, o uso de repelente é essencial, devendo ser reaplicado regularmente. Além disso, a SES-GO reforça a necessidade de levar documentos de identificação e a carteira de vacinação, caso seja necessário buscar atendimento médico.  

Além da dengue, a chikungunya também apresentou crescimento, com 14.388 casos confirmados e 17 mortes. Em relação ao ano anterior, a doença registrou aumento de 200% em 2024. "A doença pode deixar sequelas graves e incapacitantes. O período de férias e as chuvas são combinações perigosas para a proliferação do mosquito, então é preciso redobrar a atenção", reforçou Murilo do Carmo.

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