A vereadora Thaís Souza (Republicanos), reeleita para o terceiro mandato com 2.998 votos, afirmou que o grupo político ligado ao atual prefeito Roberto Naves (Republicanos) na Câmara, que articula a recondução do presidente Dominguinhos do Cedro (PDT) ao cargo, não fará oposição ao futuro prefeito Márcio Corrêa (PL). Em entrevista concedida nesta quarta-feira, 27, Thaís destacou a necessidade de garantir a governabilidade e a continuidade de projetos importantes para a cidade.
“O grupo do prefeito Roberto Naves não vai ser oposição ao prefeito Márcio Corrêa. Não tem nada disso. Queremos o bem da cidade e dar sustentação para a governabilidade dele. O nosso intuito é a cidade de Anápolis. O que é bom será votado, o que não for bom não será votado. Nós queremos realmente compor com a nova administração para que possamos trazer benefícios à cidade de Anápolis”, declarou à Rádio Manchester/DM Anápolis.
Com a eleição da mesa diretora da Câmara se aproximando, Thaís Souza abordou as articulações que envolvem dois principais grupos: o que apoia Dominguinhos e o que defende a vereadora Andreia Rezende (Avante), nome defendido pelo prefeito eleito Márcio Corrêa, segundo aliados.
Thaís elogiou a gestão de Domingos Paula, enfatizando avanços institucionais sob a liderança do parlamentar. “Tenho muito apreço ao vereador e presidente Domingos Paula. Fez uma grande gestão, arrojada e inovadora. Se você anda pelos corredores da Câmara, os funcionários efetivos dizem que foi a melhor gestão que já teve. Implementou plano de carreira, vale-alimentação. Deu o direito ao que eles tinham e que não possuíam há muito tempo. Faz tudo dentro da legalidade e trabalha com o duodécimo para realmente abraçar a Câmara”, afirmou.
Quanto à possibilidade de apoiar Andreia Rezende, Thaís reconheceu a qualidade do nome, mas reforçou a confiança no grupo de Domingos. “A gente está tendo algumas conversas, com alguns colegas. Tem nomes importantes e bons, como o da vereadora Andreia Rezende. [...] Eu estou no grupo do vereador Domingos Paula, até porque é um amigo, é um parceiro. Eu acredito e confio na gestão dele”, disse.
Ela descartou, no entanto, a intenção de integrar a mesa diretora. “Não pretendo. Estamos lá para compor, ajudar, trabalhar em grupo, mas não tenho vaidade em participar da mesa”, garantiu.
BALANÇO
A vereadora também fez um balanço de seu segundo mandato, destacando a criação da UPA Veterinária como uma de suas maiores realizações. Segundo ela, o projeto representa um avanço na causa animal e na saúde pública de Anápolis.
“Com certeza é um feito importante não só para a causa animal, mas para a saúde pública do município. Hoje no Brasil estima-se que são mais de 30 milhões de animais abandonados em vias públicas. Então isso, além de ser um problema de mobilidade urbana, de saúde pública, é uma questão ambiental, e os gestores precisam enxergar isso como um problema no todo para a cidade”, explicou.
A expectativa, de acordo com a parlamentar, é que o novo complexo integre o Centro de Zoonoses. “Possivelmente. Não sabemos como a próxima gestão vai lidar com isso, mas até então a conversa com o prefeito Roberto Naves era fazer um complexo e retirar os animais que estão ali, que são relevantes para a saúde pública, e levar para esse novo local. Estive lá ontem e conversei com o prefeito. Ele vai entregar a obra agora em dezembro. Faltam alguns acabamentos, mas eles vão enviar equipes para dar um ‘up’ no final da obra, e está bem avançado”, relatou.
CASTRAMÓVEL
Apesar das conquistas, Thaís lamentou que o Castramóvel ainda esteja inativo, citando dificuldades com o Conselho de Medicina Veterinária. “Nós temos um problema muito sério, que é o Conselho de Medicina Veterinária ser muito corporativista em relação a isso. Não só em Anápolis. Eles ficam tentando apertar a prefeitura para que esse projeto não funcione, até porque os veterinários ficam extremamente preocupados, achando que tira clientes deles. Só que, na verdade, uma pessoa que está em uma fila para atendimento, ela não tem condições e não vai pagar um veterinário. A que tem condição já procura a clínica da preferência dela”, disse.
Como solução, ela sugeriu uma parceria público-privada. “Vou sugerir à próxima gestão que faça um chamamento para que clínicas veterinárias possam gerir o Castramóvel, levando-se em conta que seria mais fácil se fossem essas clínicas gerindo”, argumentou.