Goiânia desponta no cenário imobiliário brasileiro neste ano, alcançando o topo no Índice FipeZAP de Venda Residencial com o maior preço médio por metro quadrado entre as cidades monitoradas. A capital goiana, com valor médio de R$ 7.907/m², ultrapassou centros tradicionais como São Paulo e Rio de Janeiro, confirmando-se como um dos principais destinos de investimento residencial do país referente ao mês de outubro.
Ao longo de 2024, Goiânia registrou uma valorização acumulada de 11,17% e, nos últimos 12 meses, 14,53%. O desempenho coloca a cidade como a terceira capital com maior valorização no período, ficando atrás apenas de João Pessoa e Curitiba. De acordo com a pesquisa, bairros como Marista, Bueno, Jardim Goiás e Oeste estão entre os mais valorizados, com valores de venda por metro quadrado variando de R$ 8.595 a R$ 10.616, e apresentaram crescimento anual que vai de 8,8% a 20,9%.
O Centro-Oeste como um todo também se destacou no levantamento, especialmente com as capitais Campo Grande e Cuiabá. Campo Grande registrou alta de 1,99% nos preços em outubro, acumulando crescimento de 4,28% em 12 meses, enquanto Cuiabá teve uma valorização de 9,42% no mesmo período, com o preço médio por metro quadrado chegando a R$ 6.015.
No panorama nacional, o índice de valorização residencial médio foi de 7,22% nos últimos 12 meses, superando a inflação acumulada de 4,74% (IPCA). A valorização foi puxada principalmente por João Pessoa, com alta de 16,83%, seguida de Curitiba, com 16,74%, e Goiânia. Capitais do Nordeste e Sul, como Salvador (13,57%) e São Luís (12,39%), também registraram desempenhos expressivos.
METROPOLITANA
Outro levantamento também indica tendência de alta na Região Metropolitana de Goiânia (RMG) e na capital, que compartilham um dos menores estoques de lotes do mercado primário dos últimos sete anos. No terceiro trimestre de 2024, o estoque totalizou 17.117 imóveis, uma redução de mais de 2 mil unidades em relação ao mesmo período de 2023, quando o número era de 19.119. De acordo com a Associação dos Desenvolvedores Urbanos de Goiás (ADU-GO), a diminuição reflete um mercado aquecido e a continuidade das compras pelos clientes.
Em Goiânia, o estoque de lotes atingiu o valor mais baixo da série histórica, com menos de mil unidades disponíveis para uma cidade de 1,5 milhão de habitantes. A pesquisa, realizada pela ADU-GO em parceria com a consultoria Brain Inteligência Estratégica, apontou ainda um crescimento nas vendas de imóveis, refletido no índice VSO (Venda Sobre a Oferta) de 16,90% no terceiro trimestre de 2024, representando um aumento de 91,7% em relação ao mesmo período de 2023. A pesquisa indicou também um aumento de 29,4% nas vendas nos primeiros nove meses de 2024, em comparação ao mesmo período de 2023.