O empresário Márcio Corrêa (PL), vai administrar Anápolis no período de 2025 a 2028. Neste domingo, 27, ele foi eleito prefeito com a maior quantidade de votos já registrada na história político-eleitoral do município: 106.263 votos, o que corresponde a 58,56% do total de votos válidos. Márcio foi declarado oficialmente eleito às 18 horas, com 91,24% de votos apurados. O candidato Antônio Gomide (PT) recebeu 75.182 votos (41,44%). Na porcentagem de votos, Márcio ainda ficou atrás do prefeito Roberto Naves que, em 2020, obteve 61,28% dos votos na disputa com Antônio Gomide.
A totalização final dos votos, conforme previsto pela Justiça Eleitoral em Anápolis, foi concluída às 18h11. Segundo dados oficiais, 192.465 eleitores compareceram às urnas para votar, enquanto a abstenção foi de 100.195 eleitores (34,24%), também a maior já registrada na história nos pleitos eleitorais no município. Ao todo 4.173 eleitores votaram em branco (2,17%) e 6.847 anularam o voto (3,56%).
Em comparação às eleições municipais de 2020, a primeira disputada por Márcio Corrêa [que terminou na terceira posição], seu número de votos cresceu 265,87%. Saiu de 29.044 para 106.263 votos. E, pela primeira vez, leva o Partido Liberal ao comando do município. O PL é o partido que mais cresceu em quatro anos em Anápolis. Além de eleger o prefeito, ampliou sua representatividade na Câmara Municipal, aumentado de 1 para 2 vereadores [Jean Carlos e Suender Silva].
O dia da eleição em Anápolis transcorreu sem o registro de ocorrências graves. O juiz eleitoral, Gleuton Brito Freire, revelou que, após acordo com os candidatos a prefeito, não houve derramamento de santinhos às proximidades dos locais de votação neste 2º turno. Também foram mínimos os problemas de funcionamento de urnas eletrônicas.
ABSTENÇÃO
Um fator considerado preocupante, tanto pela Justiça Eleitoral, quanto pelos partidos, lideranças políticas e profissionais de imprensa especializados no jornalismo eleitoral, é o grande número de pessoas que deixaram de votar. No 1º turno a abstenção chegou a 28,71%, ou 84.023 eleitores. O que já foi motivo para análises mais aprofundadas sobre razões e motivações.
No segundo turno esse número explodiu. Exatos 100.195 eleitores deixaram de ir às urnas. Isso significa 34,24%. Números superiores à abstenção verificada nas eleições municipais de 2020, no momento crítico da pandemia da Covid-19, quando 32,91% dos eleitores não foram às urnas (88.723). Se forem considerados brancos, nulos e abstenções, neste segundo turno das eleições de 2024 exatos 111.215 eleitores decidiram não votar em nenhum dos dois candidatos, 39,97%.