O agronegócio em Goiás registrou um recorde histórico de empregos no segundo trimestre deste ano, com mais de um milhão de trabalhadores atuando no setor, conforme apontam dados do Instituto Mauro Borges. O resultado reflete a importância do estado no cenário nacional, que viu o número de pessoas empregadas no agronegócio brasileiro chegar a 28,6 milhões, o maior patamar desde o início da série histórica em 2012.
Com um crescimento de quase 7% em comparação ao mesmo período de 2023, o setor em Goiás gerou mais de 66 mil novas vagas de trabalho, consolidando sua posição como um dos principais motores da economia estadual. De acordo com o levantamento, 26,8% da população ocupada no estado está vinculada ao agronegócio, que inclui desde atividades do setor primário até a transformação industrial e os serviços relacionados.
“O setor agropecuário tem mostrado a sua pujança, sua força tanto na geração de renda e riqueza, quanto na geração de empregos. E o emprego hoje é uma mão de obra cada vez mais qualificada. O agro requer cada vez mais um profissional que busque capacitação, haja vista que a tecnologia e a inovação chegaram ao campo”, ressaltou Dirceu Borges, superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar Goiás).
Segundo o especialista, o uso de tecnologias mais avançadas no campo exige especialização dos trabalhadores, mudando a percepção de que o trabalho rural não exige estudo. “As máquinas são cada vez mais modernas, todas as áreas estão com tecnologia, o que requer uma mão de obra diferenciada”, completou.
Para o secretário de Estado de Agricultura e Pecuária, Pedro Leonardo Rezende, o agronegócio, além de fundamental na economia goiana, tem refletido as mudanças no mercado. “Grande parte dessas novas vagas de emprego está vinculada a esse que é o setor principal da economia de Goiás, que é o agronegócio. Tanto a parte de serviços quanto a de transformação industrial refletem a importância desse segmento para o desenvolvimento do estado de Goiás”, afirmou.
No segundo trimestre deste ano, o setor de serviços foi o maior empregador dentro do agronegócio goiano, concentrando 45% dos postos de trabalho, seguido pelas atividades do setor primário, que representaram 25,5% dos empregos, com destaque para o cultivo de soja e a criação de bovinos. A agroindústria, por sua vez, foi responsável por 18,5% das vagas, evidenciando a diversificação do mercado de trabalho ligado ao agro no estado.
Os números de Goiás acompanham a tendência nacional, que registrou um total de 28,6 milhões de trabalhadores no agronegócio, representando 26,5% do mercado de trabalho brasileiro. O crescimento nacional foi puxado principalmente pelos agrosserviços, que tiveram um aumento de 8,3% na ocupação em relação ao mesmo período do ano passado, o que representa 815 mil novas pessoas trabalhando no setor. As agroindústrias também contribuíram para o crescimento, com um aumento de 4%, o que representa 179 mil novos postos. (COM INFORMAÇÕES DA FAEG)