Cercadas de curiosidade, estratégias de campanhas e de controvérsias, as pesquisas eleitorais estão de volta. Estão registradas no sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sete pesquisas de intenção de voto para prefeito de Anápolis, com divulgação prevista para esta semana, de segunda-feira, 14, a sexta-feira, 18. As pesquisas, no geral, iniciaram a coleta de opiniões no dia 10 de outubro e encerram no dia 18 de outubro.
Juntas elas vão entrevistar 4.996 eleitores neste período de nove dias e vão custar, no total, R$ 113.750,00. O custo para realização dos levantamentos varia de R$ 3 mil a R$ 50,010 mil, uma variação de R$ 47,010 mil. A margem de erro varia de 3 a 4,49 pontos percentuais. Os contratantes são os mais variados. Vão de empresas de comunicação e de publicidade/marketing, até partidos políticos.
Entre os sete institutos que registraram pesquisas estão empresas já tradicionais e outras menos conhecidas: Paraná, Podium, Opção, Goiás, Real Time Big Data, Serpes e Igape. O Instituto Voga, que fez várias pesquisas no 1º turno, ainda não aparece na relação de registros para o 2º turno. No período de 9 de março a 13 de outubro de 2024, foram registradas no sistema do TSE o total de 48 pesquisas de intenção de votos para prefeito de Anápolis.
Todas, em sua metodologia de pesquisa juntadas ao registro, informam que o nível de confiança no levantamento é de 95%, sob os aspectos técnico, matemático e estatístico. A margem de erro oscila entre 2,5 a 5 pontos percentuais. Embora tenham sido realizadas dezenas de pesquisas na pré-campanha e na campanha eleitoral, ainda não foi elaborada uma questão que seria bem útil nesses tempos: eleitor, você acredita no resultado de pesquisas eleitorais?
No dia 4 de outubro, dois dos principais institutos de pesquisa [que se destacaram na campanha] publicaram o último levantamento antes do 1º turno em Anápolis. O Serpes apresentou empate técnico: Antônio Gomide (PT), 37,9% e Márcio Corrêa (PL), 37,8%. O Voga deu Gomide com 37,13% e Corrêa com 34,5%. Em ambas, Eerizânia Freitas (UB) estava em 3º lugar. E o candidato José de Lima (PMB) aparecia à frente de Hélio Lopes (PSDB), empatados tecnicamente. As urnas deram: Corrêa 49,59%, Gomide 35,45%, Eerizania 10,88%, Hélio 2,50% e José de Lima 1,58%.
A Justiça Eleitoral interveio em algumas das pesquisas eleitorais registradas no sistema durante o 1º turno. Motivada por recursos impetrados pelas campanhas partidárias, suspendeu pesquisa mesmo antes de ser divulgada, ao observar irregularidades na metodologia apresentada. Outras pesquisas, que já haviam sido publicadas, também foram alcançadas pela justiça, que determinou a suspensão imediata da veiculação nos programas no rádio e TV, e nos veículos de comunicação.
Os especialistas explicam que, para o método de uma pesquisa funcionar, é necessário que a amostra seja mesmo representativa, ou seja, o grupo de entrevistados deve possuir as mesmas características e proporções da população estudada. É essencial observar as divisões do eleitorado por sexo, faixa etária, localidade, além de aspectos como nível de escolaridade, situação econômica etc.
Também recomendam acompanhar com frequência os trabalhos divulgados por mais de um instituto, com boa reputação no mercado, para observar as tendências de movimentação dos dados. Embora haja fatos de última hora que gerem impacto em números divulgados por pesquisas, elas são confrontadas quando, 48 horas antes do pleito, apresentam diferenças que, às vezes, superam a casa de 15 ou 20 pontos percentuais. A pesquisa eleitoral ainda é um instrumento que precisa ser mais bem explicado e debatido com a sociedade.