Exatos 84.023 eleitores, dos 292.660 aptos a votar nas eleições municipais deste ano, deixaram de ir às urnas no pleito deste ano em Anápolis. Esse número significa 28,71% do total dos aptos. E supera as ausências registradas em 2020 – no ápice da pandemia da Covid-19 – que atingiu 27,64%. São pessoas que, por algum motivo, entenderam ser desnecessário sair de casa no dia 6 de outubro para ajudar a decidir sobre quem vai governar a cidade pelos próximos quatro anos.
Nas eleições de 2016, quando Anápolis contava 269.556 eleitores, a taxa de abstenção foi de 19,11%, quase 10 pontos percentuais menos que agora. De outro lado, o total de votos brancos e nulos teve considerável redução. Nas eleições de 2016 e 2020 foi de 9,64% e, agora, 6,21%. No último domingo 208.637 eleitores compareceram para depositar o voto em uma das 833 seções eleitorais distribuídas em todas as regiões de Anápolis.
A eleição para prefeito teve 195.684 votos válidos. Destes, 97.049 foram destinados ao candidato a prefeito Márcio Corrêa (PL), ou 49,59%; para Antônio Gomide (PT), 69.370 (35,45%); Eerizania Freitas (União Brasil), 21.287 (10,88%); Hélio da Apae (PSDB), 4.895 (2,50%); e José de Lima, 3.083 (1.58%). Assim, Márcio Corrêa e Antônio Gomide se habilitaram a disputar o segundo turno, marcado para o dia 27 de outubro, das 8h às 17h.
VEREADOR
Na eleição para vereador o número de votos válidos foi ligeiramente menor: 193.833. Isso definiu o quociente eleitoral em 8.427 votos. Essa é a quantidade de votos que um partido teve que atingir para eleger uma das 23 vagas para a Câmara Municipal. Foram dados 183.532 votos aos cerca de 380 candidatos a vereador. Dos 23 vereadores da atual legislatura, 17 se reelegeram para ocupar mandato no período de 2025-2028. A menor renovação das últimas décadas.
Nenhum vereador conseguiu ser eleito de forma direta, ou seja, alcançando o número de votos definido pelo quociente eleitoral: 8.427. Pelo quociente partidário [que considera a soma de votos de todos os candidatos do partido] foram eleitos os vereadores: José Fernandes (MDB), Andreia Rezende (Avante), Marcos Carvalho (PT), Capitã Elizete (PRD), Jean Carlos (PL), Thaís Souza (Republicanos), Luzimar Silva (PP), Frederico Godoy (Agir), Dominguinhos do Cedro (PDT), Carlim da Feira (PSD), Reamilton Espíndola (Podemos), João da Luz (Cidadania), Jakson Charles (PSB) e Cabo Fred Caixeta (PRTB).
Outro grupo de vereadores foi eleito pela média. Podem concorrer à distribuição dos lugares não preenchidos todos os partidos que tenham obtido pelo menos 80% do quociente eleitoral. Entretanto, para ocupar uma vaga, o candidato ou a candidata devem ter conseguido votos em número igual ou superior a 20% desse mesmo quociente. Pela média foram eleitos: Suender Silva (PL), Alex Martins (PP), Rimet Jules (PT), Divino Antônio (PSD), Seliane da SOS (MDB), Leitão do Sindicato (Avante), Cleide Hilário (Republicanos), Ananias Júnior (Agir) e Wederson Lopes (União Brasil).
REPRESENTATIVIDADE
Além de algumas mudanças nominais, as eleições deste ano alteram também a composição partidária para a próxima legislatura, que será composta por 15 partidos. Oito deles elegeram dois vereadores: Republicanos, Progressistas, PT, MDB, PL, Agir, PSD e Avante. Os demais elegeram um vereador: PSB, União Brasil, Cidadania, PRD, PRTB, Podemos e PDT. Para a próxima legislatura, em comparação com a atual, dois partidos perderam a única cadeira que tinham: PSDB e PV.
O MDB perde duas das quatro vagas que tem atualmente. O PL cai de 3 para 2. E o PSB de 2 para 1. Duas siglas, que não têm representação, passam a ter a partir de 2025: PSD (2) e PRD (1). Agir, PT e Avante passam de 1 para 2. Outros sete mantêm na próxima legislatura a mesma representatividade que têm agora: Progressistas (2), Republicanos (2), PDT (1), PRTB (1), União Brasil (1), Podemos (1) e Cidadania (1).