O Núcleo de Pesquisa dos Saberes Tradicionais e Ambientais do Cerrado (NuSACER), vinculado ao Mestrado Interdisciplinar em Territórios e Expressões Culturais no Cerrado (TECCER) da Universidade Estadual de Goiás, promove, nos dias 30 e 31 de outubro e 1º de novembro, na Unidade de Ciências Socioeconômicas e Humanas - Nelson de Abreu Júnior (CSEH), o seu II Colóquio, que neste ano terá como tema ‘Culturas Tradicionais e Populares no Cerrado’. As palestras e oficinas acontecerão durante todo o dia, com algumas atividades também à noite.
De acordo com o professor e pesquisador Maximiliano Corrêa, que está à frente da organização do Colóquio, a programação deve ser divulgada nos próximos dias. Ele adianta que o evento se trata de uma atividade científica que busca dar visibilidade a pautas pouco discutidas no ambiente acadêmico e, também, na sociedade, como os saberes tradicionais.
“Os colóquios são eventos científicos que desenvolvem habilidades e promovem interações entre acadêmicos, professores, palestrantes, convidados e comunidade em geral. São espaços de diálogos e interações que ampliam a comunicação científica e desenvolvem novos conhecimentos”, detalha Maximiliano Corrêa.
Quais são os modos de fazer, agir e pensar das comunidades tradicionais do Cerrado? Maximiliano Corrêa diz que durante o colóquio, estes e outros questionamentos farão parte das mesas de debate. “As Culturas Tradicionais e Populares no Cerrado referem-se às práticas, saberes e modos de vida de comunidades indígenas, quilombolas, ribeirinhas, e camponesas que habitam essa região”, detalha.
SUSTENTABILIDADE
Os saberes culturais do Cerrado estão profundamente ligados ao conhecimento tradicional sobre o uso sustentável dos recursos naturais, como plantas medicinais e alimentos nativos, além de expressões culturais como festas, danças, rituais religiosos e artesanato.
É importante destacar ainda que os povos tradicionais preservam modos de produção, organização social e espiritualidade que resistem ao avanço da urbanização e da exploração predatória do bioma, contribuem para a manutenção da biodiversidade e das identidades culturais locais. “São várias temáticas importantes e necessárias que serão discutidas em três dias de evento”, complementa.