A expansão do Distrito Agroindustrial de Anápolis, batizada como DaiaPlam, finalmente vai receber o assentamento das primeiras indústrias. O Governo de Goiás, por meio da Secretaria da Infraestrutura de Goiás (Seinfra) e da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás (Codego), autorizou o início das obras das cinco empresas selecionadas.
Em sessão pública, representantes legais de cinco das seis classificadas no primeiro edital de licitação escolheram 101 mil m², de 850 mil m² disponibilizados. A Codego explica que apenas um representante não compareceu à sessão pública e, consequentemente, foi desclassificado.
As empresas podem iniciar de imediato as obras de implantação, a partir da formalização do contrato. O DaiaPlam conta com 144 terrenos em uma área de 1,7 milhão de m² da Plataforma Logística Multimodal, repassada pelo Governo de Goiás à Codego em março de 2022. A nova área foi integrada ao complexo Daia.
Nesta primeira etapa, as organizações a iniciarem o assentamento na área são as que cumpriram os requisitos de um procedimento licitatório realizado pela Companhia. O resultado foi publicado no Diário Oficial do Estado de Goiás na edição do dia 2 de setembro.
A Brainfarma Indústria Química e Farmacêutica alcançou a maior pontuação e garantiu um subsídio de 36%. Na sequência foram classificadas as seguintes empresas: Naturnova Indústria e Comércio de Alimentos (28%); Star-Refino e Comércio de Álcool (24%); Bio Onda Comércio e Industrialização de Sacos e Sacolas Plásticas (16%), H-Home Formas (12%) e Make Pack Embalagens (12%). A Codego não divulgou qual destas foi a desclassificada.
Em breve, o segundo certame será divulgado para que outros investidores possam se instalar nas áreas restantes. “Já estamos abrindo um novo procedimento para que aquelas empresas que, eventualmente, não tenham sido oportunizadas a participar desse primeiro processo possam, agora, estruturar sua participação e apresentar suas propostas”, anunciou o secretário titular da Seinfra, Pedro Sales.
O presidente da Codego, Francisco Júnior, ressaltou ainda a maneira inovadora de seleção das empresas. “Nosso intuito é fomentar o real desenvolvimento e crescimento da economia de Goiás e entendemos que tivemos sucesso nessa primeira etapa. Esse é um processo dinâmico, os editais serão sempre adequados e corrigidos, mas estamos no caminho certo”, frisou.
A previsão é que essa expansão resulte na geração de 20 mil novos empregos diretos, podendo ultrapassar o número, já que o local poderá abrigar mais de 100 empresas. Desta forma, o número de trabalhadores formais cresce em quase o dobro, já que ao fim de 2023 eram 28.526 contratados diretos.
O edital lançado pela Codego deixou claro que os terrenos pertencentes à Companhia só serão alienados para empresas que exercem atividade empresarial, que comprovem capacidade financeira para cumprir a proposta de implantação de uma planta fabril e que apresente regularidade jurídica e fiscal.
Outro ponto considerado pelo poder público é que a organização contribua para o desenvolvimento econômico de Goiás. É preciso, portanto, assumir algumas contrapartidas, como a geração de empregos e riquezas, o recolhimento de tributos, o desenvolvimento de tecnologia, a observância das normas ambientais e o consumo, com exclusividade e fidelidade, dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário fornecidos pela Codego.
A empresa também precisa cumprir normas da Companhia e fazer, no prazo de um ano a contar da assinatura do contrato, o calçamento do passeio público existente na frente e laterais da área. Outra obrigação é contribuir para a conservação e manutenção do DaiaPlam, a partir do momento que assinar o contrato, procedendo a limpeza e roçagem periódica da área que estiver sob sua responsabilidade, de modo a mantê-la livre de entulho, lixo e matagal, arcando com os custos desse serviço.