O Sindicato dos Professores da Rede Municipal de Ensino de Anápolis (Sinpma) realiza nesta quinta-feira, 26, a partir das 19h, um debate com os candidatos a prefeito da cidade voltado para a área da educação. A entidade, que tem origem na década de 1980, representa hoje todos os docentes que atuam na rede de ensino municipal, que possui cerca de 30 mil estudantes e mais de 60 escolas.
O debate acontece no teatro do campus Anápolis do Instituto Federal de Goiás (IFG), porém a organização informa que o local receberá apenas os candidatos e assessores, além da imprensa. O público poderá acompanhar a apresentação das propostas dos postulantes ao cargo de prefeito pelo canal do Youtube do Sinpma (youtube.com/@sinmpma) ou pelas redes sociais da entidade.
Para a presidente do Sinpma, Márcia Abdala, o debate é uma oportunidade para que os candidatos apresentem suas propostas para uma área considerada decisiva para muitos eleitores na hora de definir o seu voto. “O maior desafio do futuro gestor municipal será resolver os gargalos da educação, entre eles, melhorar a qualidade, atender a educação infantil desde o zero ano de idade, construção e reforma das unidades de ensino, cumprimento da legislação educacional, valorização dos profissionais da educação, pagamento do piso salarial e realização de concurso público”, disse a sindicalista.
“Esse espaço de debate favorece a oportunidade de toda comunidade escolar ouvir e avaliar as propostas dos candidatos e decidir pelo melhor para nossa querida Anápolis”, completou Márcia Abdala.
Área classificada como essencial por dez em cada dez políticos, a educação tem espaços consideráveis nos planos de governo protocolados pelos candidatos a prefeito de Anápolis no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Antônio Gomide (PT) fala em construir novas escolas e cmeis, em continuar entregando os kits escolares e livros didáticos aos alunos da rede municipal e promete comprar novos computadores para os laboratórios de informática. O petista também diz que fará concurso público na área da educação, entre outras propostas.
A candidata Eerizania Freitas (União Brasil) propõe o programa “Bolsa Creche”, diz que vai ampliar a rede física, e promete ainda ampliar o número de quadras poliesportivas nas escolas, garantir a distribuição do kit escolar e uniforme para os alunos, além de ampliar o Educa Anápolis, programa de ensino complementar que utiliza a tecnologia.
O candidato Hélio Lopes (PSDB) fala em criar um “Cartão-Educação” que seria utilizado nas unidades particulares de ensino, “fomentando desta forma a iniciativa privada e propiciando a universalização da educação”. Ele também promete implantar uma creche com funcionamento 24 horas no Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia).
Na educação, o plano de governo de José de Lima (PMB) enumera medidas básicas, como ampliação da educação infantil, melhoria na qualidade do ensino, investimento em infraestrutura, valorização dos profissionais do magistério e garantia de segurança nas unidades de ensino.
O candidato Márcio Corrêa (PL) também fala em realizar concurso na área da educação. Ele promete ainda firmar convênios com igrejas e associações para zerar o déficit de vagas em creches e pré-escolas. Promete ainda seguir com a entrega dos kits escolares e materiais didáticos.
PRIORIDADE
Conforme o artigo 211, parágrafo 2º da Constituição Federal, os municípios devem atuar prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil. Com isso, os prefeitos são responsáveis por fornecer a educação de base, que são as creches (até 3 anos), pré-escolas (educação infantil, 4 e 5 anos) e o ensino fundamental (de 7 a 14 anos).
Desde 2016, os municípios passaram a ser obrigados por lei a matricular todas as crianças a partir de quatro anos na pré-escola. A pré-escola deve oferecer à criança um ambiente de socialização, em que faça com que o aluno comece a lidar com as diferenças. Além disso, a pré-escola é um ambiente com diversas atividades, como rodas de conversa, contato com a música e noções primárias de raciocínio lógico e de alfabeto.
A Constituição Federal também exige que os municípios apliquem ao menos 25% de sua receita resultante de impostos e transferências na manutenção e no desenvolvimento da educação.