Uma possível agressão praticada por apoiadores do candidato a prefeito Márcio Corrêa (PL) a integrantes da equipe da candidata Eerizania Freitas (União Brasil), durante a carreta realizada na manhã desta terça-feira, 24, com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), desencadeou manifestações de repúdio publicadas pela própria candidata e por órgão de defesa e proteção da mulher em Anápolis.
Um vídeo publicado nas redes sociais mostra imagens do momento em que integrantes da campanha de Márcio Corrêa, vestidos de camisetas verde e amarelo, começam a arrancar bandeiras de Eerizania que estavam afixadas no cruzamento da Avenida Brasil com a Rua Barão do Rio Branco, onde supostamente passaria a carreata de Márcio Corrêa.
Um dos homens que arrancam os materiais de campanha de Eerizania que estavam afixados na calçada, conforme registrado no vídeo, é o ex-presidente da Câmara Municipal, Amilton Batista de Faria. Um outro homem, de camiseta verde, tenta arrancar o telefone das mãos de uma mulher, integrante da equipe de Eerizania, que registrava o momento com a câmera de um telefone celular. Exaltado, ele teve que ser contido por pessoas que o acompanhavam.
No período da tarde a campanha de Eerizania Freitas emitiu uma nota, por meio da qual diz que a candidata “repudia com veemência o ataque sofrido por integrantes de sua equipe na manhã desta terça-feira (24), especialmente à mulher que foi alvo das agressões praticadas por pessoas ligadas ao candidato Márcio Corrêa (PL)”. Classifica o ato como “injustificável e vai contra todos os princípios de respeito e democracia que defendemos”.
Na sequência, a nota informa que seriam tomadas “todas as providências necessárias para garantir a segurança de nossa equipe e prestamos total apoio à mulher agredida”. E pede que os responsáveis “sejam punidos o mais rápido possível”. Por fim, o documento diz que “Eerizania reafirma seu compromisso com uma campanha limpa e respeitosa”.
PROCURADORIA
Ainda na tarde desta terça-feira, 24, outra nota de repúdio foi publicada pela Procuradoria Especial da Mulher, órgão da Câmara Municipal de Anápolis. Segundo a nota, a Procuradoria “repudia o ataque sofrido por uma apoiadora de uma candidata a prefeita da cidade” e que “partiu de um apoiador de um candidato a prefeito”.
E a nota diz ainda que “o ato foi filmado e evidencia a violência, que por si só, é algo condenável e preocupação diária da Procuradoria Especial da Mulher”. No final, lamenta que um ato de violência ocorra durante uma campanha eleitoral, no sentido de que “abre precedentes preocupantes, pois esse tipo de ataque acaba por ferir a democracia. E a defesa incondicional das liberdades democráticas é um dos pilares do Poder Legislativo anapolino”.