Campanha de Márcio Corrêa falha na mobilização e presença popular é baixa em atos com Bolsonaro em Anápolis
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é, indiscutivelmente, uma das maiores lideranças populares do Brasil. Um fenômeno que emergiu na campanha de 2018 e, mesmo após deixar a presidência em 2022, mantém largo poder de mobilização, defendendo pautas ideológicas e se opondo frontalmente à esquerda. Os números das últimas eleições revelam que Anápolis é a ‘casa’ de Bolsonaro. Em 2018 obteve 79,71% dos votos dos anapolinos no 2º turno, contra Fernando Haddad (PT), que chegou apenas a 20,29%. Em 2022, mesmo não sendo reeleito, no 2º turno Bolsonaro derrotou Lula (PT), em Anápolis, por 70,59% a 29,41%. Nesta terça-feira, 24, a campanha do candidato a prefeito Márcio Corrêa (PL), recebeu Bolsonaro em Anápolis, no último grande ato de campanha com a presença do ex-presidente na cidade. Nos bastidores, as análises são de que a campanha falhou na mobilização popular. Não conseguiu empolgar a população. O público presente, na quase totalidade, era formado de pessoal de campanha e cabos eleitorais. Teve dificuldade em levar público aos atos de carreata e de comício. Tanto que o trajeto traçado foi cumprido rapidamente [mesmo em dia movimentado na região central da cidade] e, no comitê da campanha, Bolsonaro falou por pouco mais de três minutos. E preferiu usar a maior parte do tempo para tratar de assuntos econômicos do país e da macropolítica regional. Um analista experiente chegou a comentar: “é inútil colocar uma Ferrari nas mãos de quem não consegue pilotá-la”.
Reclamação
Em seu discurso, ao lado de Bolsonaro, o candidato a prefeito Márcio Corrêa (PL) reclamou que está enfrentando as máquinas públicas, inclusive a do Governo Estadual. O governador Ronaldo Caiado (União Brasil) optou em Anápolis em lançar a candidatura de Eerizania Freitas, filiada de seu partido. Além do PL de Márcio Corrêa, o MDB está em projeto oposto ao de Caiado nas eleições deste ano em Anápolis.
Justiça
O Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) prorrogou a suspensão do expediente presencial em unidades judiciárias de Anápolis, até 1º de novembro. São elas: 1ª e 2ª Varas Criminais; 1ª, 3ª e 5ª Varas Cíveis; Juizado Especial Criminal; Vara da Fazenda Pública Estadual e 1ª Vara de Família. Magistradas e servidoras (es) permanecem em regime de teletrabalho.
Pró-Júri
Dando sequência à sua programação de setembro, o Programa Pró-Júri atende 16 comarcas até esta quarta-feira, 25. São recepcionadas varas criminais das comarcas de Anápolis, Aragarças, Goianápolis, Iaciara, Iporá, Mara Rosa, Mineiros, Niquelândia, Trindade, Águas Lindas de Goiás, Flores de Goiás, Luziânia, Maurilândia, Planaltina, Serranópolis, Taquaral de Goiás.
Juiz goiano diz em entrevista que decisão de suspender a rede social X é “questionável”
O juiz da 3ª Vara dos Crimes Dolosos contra a Vida e do Tribunal do Júri de Goiânia, Jesseir Coelho de Alcântara, durante entrevista concedida ao programa ‘Visão Política’, na TV Assembleia Legislativa, ao comentar sobre a decisão do bloqueio da rede social X no Brasil, disse que interpreta essa decisão judicial como “questionável”. “Como cidadão, eu entendo que um só não pode passar por cima de todos. Se algum projeto de lei passou pelo crivo do Congresso Nacional, nós temos tantos deputados federais, tantos senadores que votaram aquela matéria e nos representam lá no Poder Legislativo. Só com uma canetada, com uma liminar, muda toda a decisão de quase 500 pessoas”. O programa é apresentado por Monalisa Carneiro. O juiz Jesseir Coelho falou ainda sobre a influência da política na justiça brasileira e o papel político do Judiciário.