Procura pela segunda dose da vacina contra dengue é baixa em Anápolis, mostra Semusa

Desde o início da imunização em fevereiro de 2024, Anápolis aplicou 10.943 unidades da vacina contra a dengue. Deste total, 8183 foram em primeira dose e apenas 2763 de reforço.

O número é considerado baixo pela Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), que afirma que há doses suficientes para os grupos prioritários. Atualmente, a vacina é destinada para pessoas de 04 a 16 anos.

Além do público restrito, o fato do imunizante ter chegado durante o auge do período infeccioso e pessoas diagnosticadas precisarem fazer um intervalo de seis meses, impediu que a vacinação avançasse.

Apesar disso, a coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Mirlene Garcia, destaca as estratégias de campo realizadas no município, especialmente em escolas, que contribuíram para uma procura maior.

“Nas escolas a procura foi boa. A gente sabe que o acesso faz uma diferença muito grande para a família. Nós temos a vacina disponível, mas a gente sabe que a logística acaba retardando a ida ao posto de saúde”, afirmou.

Isso se comprova quando observa-se que a faixa etária mais vacinada está entre os 10 e 14 anos. Segundo Mirlene, todas as salas de vacina do município tem o imunizante disponível.

“Temos estoque suficiente para dar continuidade na vacinação”, disse. As pessoas de 04 a 59 anos que tomaram a 1° fase do imunizante durante a estratégia especial da Semusa e que já se aproximam do período de completar o ciclo vacinal, também poderão receber a segunda dose.

A Semusa reforça a importância da vacinação e orienta a população a procurar os postos de saúde para garantir a proteção contra a dengue. O esquema de vacinação consiste em duas doses, com um intervalo de três meses entre elas.

A Qdenga, primeira vacina desenvolvida contra a dengue, oferece proteção contra os quatro sorotipos do vírus: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. No entanto, a coordenadora alerta que a vacina não é recomendada para pessoas com alergia severa a algum componente da fórmula, gestantes, lactantes, indivíduos com imunodeficiência e pacientes com HIV.