A Estação Ferroviária de Anápolis, localizada em frente à Praça Americano do Brasil, no Centro, recebe até o dia 20 de dezembro a Exposição de numismática em referência aos 30 anos do Plano Real. O objetivo é introduzir o tema para os mais jovens e relembrá-lo aos mais velhos.
Iniciado em 1993, mas concretizado em 1º de julho de 1994, o Plano Real foi um marco para estabilização econômica brasileira, segundo o Banco Central. Antes do programa, a inflação acumulada em doze meses chegou a 4.922%. Em 1995 caiu para 22%.
“Muitas pessoas entraram em falência, vendiam imóveis e acabavam perdendo dinheiro no outro dia, muito dinheiro. Outros tinham dinheiro, colocava no overnight, porque era o único que estava segurando um pouco essa inflação galopante, e a moeda, o Plano Real, trouxe um alívio para milhões de brasileiros que não aguentavam mais os reajustes diários”, afirmou o historiador Jairo Alves Leite.
A exposição fica aberta de segunda a sexta-feira, exceto feriados, das 8h às 17h. O projeto conta com a parceria do Instituto Jan Magalinski, do canal Vivendo a História e de Fernando Ganim, Bentes, Secretaria Municipal de Integração e Secretaria de Indústria, Comércio, Turismo e Modernização.
“A nossa ideia aqui é trazer esse resgate histórico de 30 anos atrás, mas também mostrar um pouco o que houve no decorrer desde os anos de 1500. Então, a gente traz esse roteiro, passando pelo Brasil Colônia, pelo Império, pela República e chega até o Plano Real”, explica.
Jairo, que também esteve à frente de outras importantes exposições, como a dos 300 anos de Goiás, os 200 anos da Independência do Brasil, juntamente com Fernando Ganim, consolidando essa parceria, destaca a importância de uma exposição numismática em Anápolis.
“É interessante que o dinheiro, o papel moeda, teve até agora duas fases. Então, são notas diferentes do mesmo real, mas que teve a primeira fase, e depois teve outra fase, que são notas diferentes, e a gente destaca isso aqui. Muita gente fala: “nossa, é mesmo, era essa outra nota, né?”, destacou.
Desde o lançamento da exposição, no dia 20 de setembro, a Estação Ferroviária de Anápolis, prédio tombado desde 1991 e restaurado pela Prefeitura, já recebeu dezenas de visitantes, incluindo os alunos do curso de História da Universidade Estadual de Goiás (UEG), capitaneados pela professora Júlia Bueno, juntamente com a professora Sandra Rodarte.
“Essa exposição desses 30 anos vem de encontro para agregar no conhecimento da população. Nós estamos recebendo escolas, já estão agendando”, concluiu Jairo.