O espetáculo teatral “Sutil” reestreia nesta terça-feira (24), em Anápolis. O monólogo é protagonizado por Gabriel Cardoso e convida as pessoas a refletirem sobre as pequenas violências do dia a dia.
A apresentação está marcada para às 20h, no Centro de Formação dos Profissionais em Educação (Cefope), localizado na Avenida São Francisco de Assis, próximo à antiga Osego, no Bairro Jundiaí.
Esta é uma grande oportunidade para quem ainda não teve a chance de assistir, já que a participação é gratuita. Porém, é necessário retirar os ingressos antecipadamente via Sympla.
Os interessados devem realizar o processo o quanto antes, pois a lotação máxima é de apenas 40 pessoas. A reapresentação foi possível graças ao Edital de Manutenção de Grupos de Teatro, da Lei Paulo Gustavo, operacionalizada pela Prefeitura de Anápolis através da Secretaria de Integração.
Gabriel Cardoso é ator, mestrando em Artes da Cena na Universidade Federal de Goiás (UFG). Multiplicador do Teatro do Oprimido pelo Centro do Teatro do Oprimido do Rio de Janeiro e Diretor no espetáculo “M(eu) Infinito”, projeto aprovado pelo Fundo Municipal de Cultura 2017.
Em entrevista à Rádio Manchester, antes da estreia, o artista falou sobre o desafio de atuar sozinho diante da plateia, sem interações com outros atores, apenas com o público. “Exige mais, é muito mais desafiador. No monólogo as pessoas veem apenas uma pessoa em cena, mas por trás tem uma gama de profissionais com você”, destacou o trabalho em equipe.
“Tem essa construção de que só se faz um monólogo no teatro quando você tem uma experiência longa, mas hoje a gente tem pensado muito na questão de custos, porque trabalhar com mais atores e atrizes, na produção teatral, requer tempo e disponibilidade de um conjunto maior de pessoas e a gente sabe que isso é um tanto quanto difícil”, completou.
Já a direção fica por conta de Fabiano Dadado de Freitas, que se define como um artista da cena. Ele é mestre em Arte e Cultura Contemporânea pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e tem como foco de pesquisa a encenação, a performance, a política e a presença de corpos dissidentes.
Tem coisas que acontecem que a gente não consegue esquecer. É com esse mote que a dramaturgia da peça Sutil se sustenta. Uma peça criada a partir de depoimentos sobre violência, medo, trauma e também sonhos e utopias que nos constituem como indivíduos, mas também como sociedade. Um ator que lida com a memória da infância em uma pedreira no cerrado brasileiro é o ponto de partida. Entre relatos de truculências cotidianas chegando também aos delírios fantásticos, é formado um mosaico de violências sutis. O que a escola pode ter a ver com elas? Quais farois a educação pode acender para apontar outros caminhos? Quais medos ainda estão guardados no fundo da memória? Numa itinerância real dentro de uma escola pública, Sutil propõe que a plateia retorne aos bancos escolares, numa experiência compartilhada convocando que cada um queime publicamente alguns de seus medos.