Geral PRIMAVERA E VERÃO

Equatorial tem plano definido para combater quedas de energia no período chuvoso

Com a previsão de chuva para as próximas semanas, concessionária mantém central de monitoramento do clima

19/09/2024 20h00
Por: Redação
Intenção da empresa é definir estratégias e minimizar impactos em função das mudanças climáticas. Foto: Reprodução
Intenção da empresa é definir estratégias e minimizar impactos em função das mudanças climáticas. Foto: Reprodução

Com a previsão de chuva para as próximas semanas, a Equatorial Goiás já trabalha em um plano operacional para o enfrentamento aos vendavais e tempestades. Segundo a distribuidora de energia elétrica, em uma central de monitoramento do clima, dentro da companhia, técnicos recebem alertas em tempo real de meteorologistas. Os avisos ajudam a definir as estratégias para minimizar os impactos das adversidades do clima na rede de distribuição.

O assunto foi tema de conversa da Equatorial com jornalistas, na manhã desta quarta-feira, 18. A empresa revelou que durante o período de chuva, quase 1,5 mil equipes estarão de prontidão em Goiás atuando no atendimento das ocorrências. Esse número representa um incremento de 103% no efetivo em comparação com períodos considerados normais. 

A intensidade dos ventos é um dos motivos de alerta para a companhia, já que provoca graves danos ao sistema. Durante um vendaval, árvores e galhos são arremessados contra a rede de energia. Em todo ano passado, quase 4,5 mil postes foram derrubados em função de ventos fortes. “Quando um poste cai, ele não apenas interrompe a eletricidade, ele pode também danificar cabos, transformadores e outros componentes essenciais da rede. A reconstrução é um processo complexo, pois exige a substituição completa dos postes e a reinstalação dos equipamentos danificados”, explicou o gerente do Centro de Operações Integradas (COI), Vinicyus Lima.

 A quantidade de raios também é monitorada dentro do COI em parceria com institutos de meteorologia. Foram 14 milhões de descargas atmosféricas somente em 2023 na área de concessão da Equatorial Goiás, responsáveis por aproximadamente 20% das interrupções no fornecimento de energia, além de ocasionarem curtos-circuitos, danos a equipamentos e até mesmo acidentes fatais.

 

QUEIMADAS

O crescimento no número de queimadas próximas da rede elétrica e os efeitos do calor excessivo para a qualidade do fornecimento de energia elétrica também foram abordados no encontro. O superintendente Técnico da Equatorial Goiás, Roberto Vieira, informou que de janeiro a setembro deste ano, a companhia registrou cerca de 750 ocorrências de incêndios próximos da rede elétrica. Um aumento de mais de 300% em comparação com o mesmo período do ano passado. 

“A distribuidora acompanha extremamente preocupada a escalada de casos de queimadas com graves consequências para a rede de distribuição. Equipamentos novos estão sendo danificados e cabos rompidos com as ações criminosas e prejudiciais ao meio ambiente”, afirmou o superintendente.

Um mapeamento da Equatorial mostra casos de queimadas em 100 municípios. Foram 614 casos somente nos últimos dois meses, enquanto que neste período, em 2023, foram 137 casos. As cidades com os maiores registros são: Aparecida de Goiânia, Anápolis e Cachoeira Alta. “A fumaça produzida pelos incêndios carrega impurezas, fuligem e outros materiais que prejudicam os cabos e isoladores instalados nos postes e são fundamentais para o adequado funcionamento do sistema elétrico”, destacou Vieira.

O superintendente reforçou ainda a necessidade de investigações detalhadas com base em laudos técnicos, para comprovar a origem do fogo e punir os responsáveis pelos atos criminosos. “É importante lembrar que provocar queimadas, tanto em área rural quanto urbana, é crime com pena de 1 a 4 anos de reclusão, além de gerar multa para quem realizar esse tipo de prática”, salienta Vieira.

 

CONSUMO

Além das queimadas, as temperaturas elevadas também influenciam no consumo de energia em todo país. Em Goiás não é diferente. Durante o encontro, a companhia apresentou um levantamento que mostra um aumento de 14% no consumo de janeiro a agosto de 2024 em comparação com o mesmo período de 2023 no estado. 

“Em épocas quentes, como temos enfrentado, é vital adotar medidas para o consumo consciente de energia elétrica. Atitudes simples auxiliam no bom funcionamento do sistema. O ar condicionado é um exemplo claro. Nos períodos mais quentes esse equipamento gasta bem mais energia do que o normal. Como ele fica ligado muitas horas diariamente, o impacto na conta de energia pode ser muito alto. Um ar-condicionado do tipo split, com potência entre 10.001 e 15.000 BTU's, gasta aproximadamente R$ 196,38 ao mês, operando 8 horas diárias e em condições normais de temperatura. Nos períodos de calor extremo esse consumo pode facilmente dobrar, por isso o seu uso requer atenção. Uma alternativa mais econômica é o ventilador de teto, que gasta cerca de R$ 17,76 mensais pelas mesmas 8 horas de uso, um custo 11 vezes menor do que do ar-condicionado", explicou o executivo de Faturamento da Equatorial Goiás, Marcos Aurélio Silva.

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