Dados da Pesquisa Nacional por Amostragem Domiciliar Contínua – Turismo (PNADC Turismo), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que o principal motivo para os goianos não viajarem é a falta de dinheiro.
Nos três meses anteriores ao período de referência da pesquisa em 2023, 819 mil domicílios não realizaram viagens por questões financeiras, o que totaliza 37,9% dos 2,2 milhões que não viajaram. O segundo principal motivo informado foi a falta de tempo (23,5%), seguido pelos que disseram não ter necessidade (17,9%).
A PNADC Turismo também investigou o que faz os goianos viajarem e o 1º lugar não surpreende: visita ou evento de familiares e amigos, com 41,5% ou 286 mil viagens. Logo em seguida vem o lazer, com 28,4% (196 mil). Em terceiro, tratamento de saúde ou consulta médica, com 23,5% (162 mil viagens).
Em 2023, 20,4 milhões de viagens nacionais foram realizadas, sendo 850 mil, ou 4,2% deste total, tiveram Goiás como destino principal, um aumento de 85,6% em relação a 2021 (458 mil viagens). Entre as 27 unidades da Federação, o estado foi o oitavo mais procurado, subindo duas posições no ranking.
Goiás ficou à frente de importantes destinos turísticos nacionais como o Ceará, Pernambuco, Espírito Santo e Maranhão, que possuem belíssimas praias, Pará e Amazonas, que tem a maior floresta tropical do mundo como atração. Além disso, sozinho recebeu mais viajantes que Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal juntos.
A pesquisa também levantou informações sobre o local de hospedagem dos moradores que viajaram em 2023. Pouco mais de metade (50,4%) das viagens realizadas tiveram a casa de amigo ou parente como local de hospedagem; 16,6% se hospedaram em hotel, resort ou flat; 3,6% utilizaram pousada; 2,5% se hospedaram em imóvel próprio; 2,4 utilizaram imóvel por temporada ou AirBnB; e 24,5% responderam ter outro lugar como principal local de hospedagem.
O número médio de pernoites das viagens também foi objeto de pesquisa. Nas viagens ocorridas em Goiás, o número médio foi de 6,6 em 2020; 6,8 em 2021 e 5,5 em 2023. O gasto médio per capita com essas pernoites no estado foi de R$ 240 em 2021, enquanto em 2023, foi de R$ 229. No total, foram gastos R$ 397,8 milhões em 2022 e R$ 826,7 milhões em 2023, ou seja, duas vezes maior.