Durante todo o mês, a Prefeitura de Anápolis tem promovido ações voltadas para a campanha do “Setembro Amarelo”. De acordo com o gerente de Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), Rodrigo Carvalho, o objetivo é fazer com que as pessoas se informem e saibam como procurar ajuda.
“É o momento de levar informação para a população de como se prevenir, como tratar a questão do suicídio, que é um problema de saúde. Nós temos tratamentos na cidade para reverter esse quadro”, afirmou em entrevista à Rádio Manchester.
Dados da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) mostram que entre 50% e 60% das pessoas que morreram por suicídio no país nunca se consultaram com um profissional de saúde mental ao longo da vida, o que reforça a necessidade de uma campanha de conscientização.
“Se você aborda a questão de forma inapropriada você pode levar uma informação errada que, infelizmente, só vai tirar esperança das pessoas que estão passando pelo problema. A gente precisa levar informação da forma correta, com que as pessoas percebam que tem solução, que tem tratamento, que tem onde buscar ajuda, dando esperança para elas”, destacou o profissional.
Segundo ele, é importante estar atento aos sinais verbais e não verbais como, por exemplo, o isolamento, a falta de comunicação verbal, tristeza, falta de energia e desesperança.
“Muitas vezes esses sinais vêm verbalmente, na maioria dos casos as pessoas relatam e quem está em volta ignora. A gente não pode ignorar, em hipótese alguma, uma escrita, uma fala. É necessário levar essa pessoa para os profissionais adequados”, reforçou.
Pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é possível ter esse primeiro contato com um profissional da saúde mental, tanto nas Unidades Básicas (UBS), quanto nos Centro de Atenção Psicossocial (Caps). Os tratamentos, de acordo com Rodrigo, podem ser psicossociais, psicoterápicos, terapêuticos e, se necessário, medicamentosos.
“Hoje, a porta aberta no sistema de saúde para os transtornos mentais são os Caps e a atenção básica, ambos estão qualificados para fazer esse primeiro acolhimento, projeto terapêutico para o tratamento e inseri-lo na rede”, concluiu.