Com mais de 130 dias sem registros de chuva, Goiás tem enfrentado uma rígida seca, que intensificou os registros de queimadas no estado. Segundo dados do Corpo de Bombeiros, até a primeira semana de setembro foram contabilizados um total de 2.174 incêndios em vegetação, superando os 2.029 casos registrados ao longo de 2023. Diante do cenário, os motoristas que transitam pelas rodovias goianas precisam ter atenção redobrada.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) emitiu uma série de recomendações para os condutores seguirem quando se depararem com incêndios ou os sinais deles nas vias. Uma das principais indicações é não entrar na coluna de fumaça, se possível for. “Ao perceber o impedimento à frente, busque um local, fora da rodovia, seguro para estacionar e aguardar até que as chamas cessem”, destacou a corporação.
Outra ação importante ao passar por essas condições é ligar o farol baixo e o de neblina e não utilizar o pisca-alerta em movimento, nunca. A PRF completa a recomendação afirmando que o motorista deve ligar a ventilação interna do veículo e transitar em uma velocidade baixa.
A PRF alerta ainda que, caso o condutor se depare com incêndios ou fumaça, ele nunca deve parar sob a pista, a não ser por determinação de autoridade competente para o trecho.
Ainda de acordo com a corporação, em caso de emergência, os viajantes devem ligar para os telefones da PRF (191) e dos Bombeiros (193) relatando a situação para as devidas orientações e providências.
Um dos casos que levantou alerta para aqueles que transitam pelas rodovias foi registrado nesta segunda-feira (09), na BR-153, em Uruaçu. Na ocasião, o trânsito foi totalmente interditado em ambos os sentidos, devido a um incêndio de grandes proporções às margens do eixo rodoviário.
Segundo a PRF, o fogo teria iniciado a cerca de três dias, numa propriedade rural lindeira à rodovia, porém os funcionários de uma usina de cana de açúcar não conseguiram conter as chamas. Desta forma, elas chegaram à faixa de domínio, impedindo a visibilidade dos motoristas que passavam pelo local.
Diante da situação, a Ecovias do Araguaia, concessionária responsável pelo trecho, e a corporação, decidiram interditar a passagem, a fim de não expor os usuários ao perigo, que nestas condições pode até mesmo ser fatal.