Anápolis 24 ANOS

Anápolis relembra tragédia dos romeiros com missa em memória às vítimas

Celebração marca 24 anos de uma das maiores tragédias rodoviárias do país, que vitimou 59 pessoas

07/09/2024 20h00
Por: Emilly Viana
Foto: Arquivo / DM Anápolis
Foto: Arquivo / DM Anápolis

Neste domingo, 8, a cidade de Anápolis se prepara para mais uma missa em memória das 59 vítimas do acidente rodoviário envolvendo dois ônibus que voltavam de uma viagem ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em São Paulo, há 24 anos. A celebração, organizada pela Paróquia São Pedro e São Paulo da diocese local, acontecerá na Praça dos Romeiros, erguida em homenagem às vidas perdidas na tragédia.

A missa campal, marcada para as 19h30, será aberta a todos os que desejarem participar, independentemente de fé ou vínculo com as famílias das vítimas. Trata-se de um momento de lembrança e oração, que reúne anualmente a comunidade anapolina em um gesto de solidariedade e saudade.

O acidente ocorreu em 1998, no km 179 da Rodovia Anhanguera, próximo às cidades de Leme e Araras, em São Paulo. Dois ônibus que transportavam romeiros de Anápolis, retornando de uma peregrinação ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, foram atingidos após um caminhão-tanque carregado com 32 mil litros de combustível tombar e incendiar-se, criando uma cortina de fumaça que dificultou a visibilidade dos motoristas. O choque dos veículos com o caminhão em chamas provocou um incêndio de grandes proporções, resultando em 59 mortos e 35 feridos.

Os bairros Maracanã e Jardim Alexandrina foram os mais impactados com a tragédia, já que a maioria dos passageiros frequentava as paróquias locais. Entre as vítimas estava Gracinda Maria da Silva, organizadora da excursão e devota de Nossa Senhora Aparecida, que faleceu ao lado de familiares no segundo ônibus.

A identificação dos corpos foi um dos maiores desafios enfrentados na época. Com o apoio de especialistas e da Força Aérea Brasileira (FAB), os restos mortais foram transportados para Anápolis e, após exames de DNA, as famílias puderam sepultar seus entes queridos.

A Praça dos Romeiros, local da missa, foi criada em 2000, como um memorial permanente para aqueles que perderam a vida. Todos os anos, a data marca não apenas o luto, mas também a fé e a união das comunidades envolvidas.

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