A conquista do reconhecimento de Goiás como zona livre de aftosa sem vacinação motivou o alcance de uma nova meta na pecuária goiana, estimulada pelo governador Ronaldo Caiado: a de propriedades livres de brucelose e tuberculose. Para isso, a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) tem somado esforços junto ao Comitê Estadual de Combate à Brucelose e Tuberculose - do qual é integrante - para estabelecer ações estratégicas e integradas. As zoonoses acometem bovinos e bubalinos, provocando prejuízos sanitários e econômicos relevantes.
“Temos redobrado esforços com os integrantes do comitê estadual e representantes do setor produtivo para atuarmos em várias frentes, tendo a educação sanitária como principal norteadora das nossas ações, para que avancemos na imunização do rebanho contra a brucelose, e nos diagnósticos de tuberculose, conferindo assim a sanidade dos rebanhos e o oferecimento de um alimento seguro à população”, defende o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos.
A coordenadora do Programa Estadual de Brucelose e Tuberculose da Agrodefesa, a médica veterinária Sivane Dorneles, informa que Goiás possui hoje quatro propriedades certificadas como livres de brucelose e tuberculose, e outras duas em processo de certificação. Para ampliar esse número, várias ações foram traçadas e estão sendo executadas. Uma delas é a realização de um diagnóstico regionalizado sobre a real situação dos rebanhos que ainda constam no Sistema de Defesa Agropecuário (Sidago) como pendentes da vacinação contra a brucelose.
Esse estudo, que está sendo feito por meio de parceria entre Agrodefesa, Fundo Emergencial para Sanidade Animal de Goiás (Fundepec), também integrante do Comitê, e Instituto Euvaldo Lodi (IEL), vai resultar num diagnóstico que evidenciará quais as dificuldades específicas de cada região para regularizar a vacinação do rebanho.
O termo de cooperação entre a Agência e o Fundepec - que prevê adoção dessas medidas que impactam positivamente na sanidade animal – foi assinado no dia 27 de agosto. Diante da entrega do diagnóstico, previsto para os próximos três meses, a Agrodefesa vai desenhar ações específicas que atendam as particularidades de cada região, como mutirão de vacinação e campanhas in loco sobre a importância da imunização.