Saúde ADEQUAÇÃO

Ipasgo diz atuar para que sejam mantidos todos os beneficiários

Presidente do Ipasgo Saúde, em audiência na Alego, diz que condição de serviço social autônomo traz desafios e melhoras no serviço

05/09/2024 09h47
Por: Redação Fonte: Agência Assembleia de Notícias
Audiência pública na Alego discutiu as recentes mudanças no funcionamento do Serviço Social Autônomo de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos e Militares do Estado de Goiás (Ipasgo Saúde). Foto: Will Rosa
Audiência pública na Alego discutiu as recentes mudanças no funcionamento do Serviço Social Autônomo de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos e Militares do Estado de Goiás (Ipasgo Saúde). Foto: Will Rosa

O presidente do Serviço Social Autônomo de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos e Militares do Estado de Goiás (Ipasgo Saúde), Vinícius de Cecílio Luz disse, durante audiência pública realizada na terça-feira, 3, realizada pela Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) para discutir as recentes mudanças no funcionamento do instituto, que esforços estão sendo feitos para não excluir nenhum dos 10 mil beneficiários afetados pelas novas regulamentações. Na reunião, procurou dissipar os temores sobre reflexos dessas alterações.

Vinícius de Cecílio Luz detalhou que a mudança na gestão do plano, agora como um serviço social autônomo, traz novos desafios, mas também oportunidades para melhorar o serviço por meio do aumento do número de cotas e da expansão da rede credenciada. O presidente do Ipasgo Saúde fez apresentação, com uso de slides e outros recursos necessários, para apresentar detalhes sobre as novidades na estrutura do Ipasgo. Luz enfatizou que a transformação em serviço social autônomo foi impulsionada pela Lei nº 21.880 de 2023, discutida e aprovada na própria Alego.

O crescimento e a expansão do plano, disse o presidente do Ipasgo Saúde, fazem com que o instituto agora se posicione como a maior autogestão do Brasil em termos de número de beneficiários.  O gestor também abordou os desafios enfrentados, como a necessidade de adequação às normas da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e as medidas adotadas para melhorar o atendimento e a rede credenciada. 

A audiência pública realizada pela Alego foi convocvada pelo deputado Talles Barreto (UB), líder do Governo na Casa, e aconteceu na Sala Júlio da Retífica e contou com a participação de autoridades e beneficiários do plano de saúde dos servidores públicos estaduais. A mesa de debates foi composta por membros da gestão do Ipasgo, incluindo o presidente do órgão, Vinícius de Cecílio Luz; e pelos deputados Coronel Adailton (Solidariedade), Bia de Lima (PT) e Mauro Rubem (PT), cada um trazendo perspectivas críticas e construtivas sobre as transformações implementadas.

Também acompanharam a audiência os deputados Karlos Cabral (PSB), Cairo Salim (PSD), Wagner Camargo Neto (Solidariedade), Dra. Zeli (UB) e Lineu Olimpio (MDB). 

Ao abrir a audiência, Barreto disse entender que Vinícius Luz é um profissional preparado para conduzir o instituto, que, lembrou, é atualmente um dos maiores planos de saúde que atuam no País, agregando na sua carteira quase 600 mil usuários.

 

CRÍTICA

A deputada Bia de Lima expressou preocupação com o modo como as alterações foram implementadas, criticando o que ela considera "falta de diálogo" com os servidores e questionando a sustentabilidade financeira das mudanças. Ela também apontou para uma possível desconexão entre as promessas administrativas e a realidade enfrentada pelos usuários do plano. 

O anapolino Coronel Adailton focou sua intervenção na importância de ampliar e diversificar os pontos de atendimento, especialmente para os servidores públicos que residem no Entorno do Distrito Federal. Ele compartilhou experiências pessoais de desafios enfrentados devido às limitações na capacidade de atendimento do Ipasgo. 

Mauro Rubem questionou a direção do Ipasgo sobre as novas regulamentações, expressando receio de que mudanças drásticas possam comprometer a qualidade e a acessibilidade do plano para os servidores. Lineu Olimpio, por sua vez, pediu esclarecimentos sobre os impactos das mudanças jurídicas, especialmente preocupado com os prejuízos potenciais para os usuários do plano. Ele defendeu a necessidade de assegurar que nenhum beneficiário seja excluído devido às alterações estruturais.  

 

DIÁLOGO

Os participantes da audiência, de maneira geral, reafirmaram a necessidade de um diálogo contínuo e de ajustes que assegurem a eficácia e a justiça no atendimento das necessidades de saúde dos servidores públicos de Goiás. O presidente Vinícius de Cecílio reiterou seu compromisso em buscar soluções que conciliem regulamentação com a qualidade do serviço, garantindo que nenhuma das partes interessadas seja prejudicada pelas novas disposições. Talles Barreto destacou que o governador Ronaldo Caiado (UB) está empenhado em resolver e solucionar os impasses e problemas que existem, em um esforço comum para fazer um Ipasgo Saúde cada vez melhor e mais fortalecido. 

A avaliação final dos participantes é que a audiência trouxe todas as complexidades e os desafios enfrentados pelo Ipasgo Saúde em sua transição para uma nova estrutura operacional, revelando um espectro de opiniões e preocupações entre os legisladores e o presidente da instituição.  O debate revelou tensões entre a administração e os representantes dos servidores, e apontou para um caminho em busca de soluções que equilibrem as necessidades de sustentabilidade financeira do plano, com as exigências de cobertura e qualidade do atendimento ao servidor. 

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