A denúncia oferecida pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) contra João Vitor Alves da Rocha, de 22 anos, foi recebida pela Justiça em Anápolis. Ele foi denunciado pelo promotor de Justiça Bruno Henrique da Silva Ferreira, em substituição na 6ª Promotoria local, pelos crimes de tentativa de homicídio qualificado, embriaguez ao volante, direção perigosa, além de dano ao patrimônio público.
Segundo consta no documento, na madrugada de 17 de agosto deste ano, um grupo de policiais realizava uma operação conduzida pela Delegacia Especializada em Investigação de Crimes de Trânsito de Anápolis (Dict), com o objetivo de fiscalizar e abordar motoristas embriagados.
Nesta ocasião, o denunciado, que conduzia um veículo Corsa, ao ser abordado, chegou a frear o carro, mas subitamente fugiu, quando os policiais se aproximaram. Nessa ação, ele quase atropelou o policial civil Adriano Aires Fontes Boa, que só não foi atingido pelo rapaz porque conseguiu se desvencilhar.
Ainda segundo a denúncia, ao sair em alta velocidade, João Vitor passou a ser perseguido por uma viatura, percorrendo vias importantes da cidade de Anápolis, inclusive próximo a um bar em funcionamento com veículos estacionados e pedestres atravessando a rua. Ele também teria furado sinais de “pare” e andado na contramão em alguns trechos.
De acordo com relatório policial, em determinado momento da fuga, o denunciado alcançou velocidade próxima a 120 quilômetros por hora na condução do veículo, o que o levou a perder o controle do carro e bater na viatura policial, danificando toda a frente da caminhonete. Neste momento, ele foi preso em flagrante delito. Interrogado, o denunciado confessou ter ingerido bebida alcoólica e alegou ter fugido porque seu carro estava com a documentação atrasada.
DENÚNCIA
Por todo o exposto, o MP decidiu denunciar o rapaz pelas seguintes condutas criminosas: embriaguez ao volante e excesso de velocidade: crimes previstos nos artigos 306 e 311 do Código de Trânsito Brasileiro; tentativa de homicídio duplamente qualificado (pelo recurso que dificultou a defesa da vítima e por ser a vítima policial civil no exercício das suas funções); e dano ao patrimônio público. Além de requerer a pronúncia do denunciado (que ele seja mandado a júri popular), o Ministério Público pede que seja fixado valor para reparação dos danos causados pela conduta.