Índice de adoção responsável em Anápolis é baixo, destaca defensora da causa animal

Promover a adoção responsável ainda é um desafio para as Organizações não Governamentais (ONGs) e ativistas da causa animal de Anápolis. Os casos de abandono e os maus tratos, por outro lado, seguem altos.

De acordo com a vereadora e fundadora da Associação Protetora e Amiga dos Animais de Anápolis (ASPAAN), Thaís Souza (Republicanos), em entrevista ao DM Anápolis, os moradores do município ainda não aderiram completamente à adoção para ter um pet.

“Infelizmente o nível de adoção é muito baixo, as pessoas procuram animais de raça, animais de pequeno porte e animais peludos. Por exemplo, um vira-lata caramelo, um vira-lata preto, um animal idoso, um animal deficiente, são animais que menos tem chance de adoção”, afirmou.

Atualmente, a ASPAAN conta com cerca de 650 animais resgatados, à espera de um novo lar. Porém, segundo a parlamentar, grande parte das pessoas que demonstram interesse em adotar estão a procura de um cão de guarda, para que ele possa vigiar um local específico.

“Infelizmente muitas pessoas vão com a mentalidade adotar um animal para colocar no terreno baldio, para colocar em uma borracharia, no fundo de um lote, para poder vigiar e a gente, na verdade, quer que o animal tenha uma família, tenha cuidados. Não é esse o propósito que a gente procura uma adoção responsável”, destacou.

A vereadora reforça que o intuito da ONG é resgatar animais em situações degradantes, protegê-los e encaminhá-los para um lar seguro, o que justifica a triagem e os critérios de adoção.

“É claro que o que a gente quer é que todos os animais saiam para ter uma casa, uma vida e os devidos cuidados. Eles estão aguardando a adoção, todos estão castrados e vacinados, mas, infelizmente, em um mês muito bom a gente tem duas adoções”, concluiu Thaís.