Educação RECORDE NO PAÍS

Goiás tem a maior nota do ensino médio no Brasil, segundo o IDEB

Os dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, relativos a 2023, foram divulgados nesta quarta-feira, 14

15/08/2024 09h41
Por: Redação Fonte: Jornal Folha de São Paulo
Escolas estaduais de Goiás têm a maior média já registrada para o ensino médio público do país, com um Ideb de 4,8. Foto: Agência Cora
Escolas estaduais de Goiás têm a maior média já registrada para o ensino médio público do país, com um Ideb de 4,8. Foto: Agência Cora

Em coletiva à imprensa para anúncio dos resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2023 nesta quarta-feira, 14, o governador Ronaldo Caiado destacou as ações para reestruturação da Rede Estadual de Educação que levaram Goiás ao primeiro lugar nacional. O Estado atingiu a maior nota do país, com média 4,8, e, também, ficou entre as únicas três unidades da federação que atingiram a meta do Ideb, junto com Pernambuco e Piauí.

“Com engajamento em modo contínuo, a rede estadual de educação trabalhou o tempo todo, com pique de chegar ao pódio e ganhamos a medalha de ouro: Goiás tem a melhor educação do Brasil”, ressaltou o governador, que estava acompanhado da primeira-dama e coordenadora do Goiás Social, Gracinha Caiado.

O chefe do Executivo estadual afirmou ainda que nunca duvidou da capacidade dos profissionais da Rede Estadual e por isso não poupou esforços em apoiar as ações necessárias para que continuasse ofertando o melhor ensino público. “É uma luta salutar, uma disputa que contribui cada vez mais para que o beneficiário seja o cidadão, o nosso aluno”, disse Caiado.

O Ideb 2023 foi elaborado a partir do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), aplicado durante o mês de outubro do ano passado. O resultado divulgado nesta quarta-feira (14) pelo Ministério da Educação também coloca Goiás em primeiro lugar no Anos Finais do Ensino Fundamental, com a média 5,5, ao lado do Ceará e do Paraná. Já a nota no Ensino Fundamental, Anos Iniciais, é 6,3.

 

CONTÍNUO

A secretária de Educação de Goiás, Fátima Gavioli, destacou que esse trabalho é contínuo e que o Estado tem os melhores profissionais de Educação do Brasil. “Isso é fruto de um trabalho muito forte, de muito investimento por parte do Governo e, principalmente, de uma dedicação tremenda dos professores, da equipe administrativa, de gestão escolar, das regionais e dessa Secretaria de Educação que trabalha tanto para poder enxergar esses resultados”, disse a secretária.

Para garantir a melhoria da aprendizagem dos alunos goianos em todas as modalidades e etapas da Educação Básica, o Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc/GO), desenvolve projetos como o Revisa Goiás, Goiás Bem no Enem (GoBem), Ser Goiás e GoiásTec, que universalizou o acesso ao Ensino Médio, levando aulas de qualidade para as localidades mais distantes e remotas do estado.

O Bolsa Estudo, voltado para os estudantes do Ensino Médio e 9° ano do Ensino Fundamental, também tem assegurado a frequência e as boas notas dos adolescentes e jovens das escolas estaduais. Já o AlfaMais Goiás, implantado pelo Governo Estadual em regime de colaboração com os municípios, garante a alfabetização das crianças na idade certa, além de melhorias já evidentes nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental.

As metas do resultado do Ideb foram criadas em 2015 e definidas individualmente de acordo com as condições de cada estado. Além de ter o melhor resultado nacional, com nota de 4.8 no Ideb, Goiás ultrapassou a meta estipulada, que era de 4.7. A nota do estado de Pernambuco é a mesma do estipulado pela meta, de 4.5. Já o Piauí também ficou acima da meta, que era de 4.1, e atingiu 4.3 no Ideb.

 

INVESTIMENTOS

Desde 2019, o Governo de Goiás transformou a Educação em prioridade, promovendo uma série de melhorias: construção e reformas das unidades escolares; aquisição de equipamentos e amplo acesso à tecnologia; programas de incentivo para manter o estudante na escola; reajuste de 300% nos recursos da alimentação escolar; segurança e a valorização dos profissionais, com formação continuada, reajuste salarial e pagamento de bônus.

Nos últimos cinco anos e meio, foram investidos mais de R$ 7,4 bilhões na Educação pública goiana. Somente em obras de infraestrutura foram mais de R$ 1,5 bilhão, na construção de 30 novos prédios, reformas de todas as instituições de ensino, além da implantação de sistema fotovoltaico e poços artesianos, gerando economia para o Estado. O Governo de Goiás também investiu em tecnologia com a distribuição de chips e tablets, lousa digital e a entrega de Chromebooks para os estudantes do 9° ano do Ensino Fundamental e 3° série do Ensino Médio.

 

PARA ENTENDER O IDEB

 

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica foi criado pelo Inep em 2007 para medir a qualidade do aprendizado nacional e estabelecer metas para a melhoria do ensino. O indicador é calculado para cada escola, município e estado, além de ter médias nacionais.

O Ideb é formado por dois fatores: desempenho dos estudantes no Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica); as provas de matemática e português são aplicadas a cada dois anos; e taxas de aprovação escolar. Com esses dois componentes é calculado o índice, que varia de 0 a 10.

Quando o indicador foi criado, foram estabelecidas metas para ser alcançadas até 2021: para os anos iniciais do ensino fundamental (do 1º ao 5º ano) a perspectiva era que o país alcançasse uma média igual ou superior a 6. Para os anos finais (do 6º ao 9º ano), a meta era alcançar a média de 5,5.

Já para o ensino médio, a meta era de 5,2 pontos. Cada escola também teve metas calculadas individualmente. Como as metas não houve a formulação de um novo modelo do Ideb, só há metas até 2021. Assim, nesta edição de 2023 o indicador não há metas para serem alcançadas.

A principal crítica ao Ideb é de que o indicador é de difícil interpretação e, por isso, pouco ajuda gestores escolares e professores a entender o nível de aprendizado de seus estudantes e como esses resultados podem indicar melhores estratégias de ensino.

Especialistas também avaliam que as metas e a forma de avaliação do Saeb estão defasadas e não refletem o que atualmente é considerado como uma aprendizagem adequada. Ainda há críticas ao formato de cálculo do Ideb, que não mede as desigualdades educacionais. Assim, a busca pela melhora no indicador pode levar as redes de ensino à exclusão de estudantes com mais dificuldade. 

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