Política CANDIDATOS A VICE

“Radicalismo e polarização são coisas que não vamos entrar”, afirma Geraldo Espíndola em entrevista

Candidato a vice-prefeito na coligação encabeçada por Antônio Gomide falou sobre educação e saúde

14/08/2024 10h05
Por: Redação
Geraldo Espíndola disse que vai abrir mão da medicina quase que integralmente e dedicar seu tempo ao cargo. Foto: Fernanda Morais
Geraldo Espíndola disse que vai abrir mão da medicina quase que integralmente e dedicar seu tempo ao cargo. Foto: Fernanda Morais

O médico Geraldo Espíndola, da Rede Sustentabilidade, é o candidato a vice-prefeito na chapa de Antônio Gomide (PT), que disputa a Prefeitura de Anápolis. Em entrevista à Rádio Manchester, nesta terça-feira, 13, Espíndola contou um pouco sobre como pretende contribuir para a gestão da cidade caso a chapa da sua coligação seja vitoriosa em outubro. Ele promete abrir mão da medicina quase que integralmente e dedicar seu tempo ao cargo. Também falou sobre polarização, educação e, principalmente, saúde. Geraldo Espíndola foi entrevistado por Serleyser Araújo, Fernanda Morais, Lucivan Machado e Carlos Roberto. 

 

Por que o senhor quer ser vice-prefeito de Anápolis?

Na realidade, a gente não pode deixar o nosso espírito envelhecer. Às vezes nós envelhecemos o esqueleto, mas não podemos deixar os ideais para trás. E, como anapolino, amo essa cidade, e surgiu esta oportunidade agora, em sendo filiado à Rede Sustentabilidade, de poder fazer essa parceria com o candidato [a prefeito] Antônio Gomide, o que nos honrou muito e que dá-nos a oportunidade de podermos trazer toda a experiência que temos como médico, como anapolino legítimo, e também como educador, há 35 anos na Universidade Evangélica de Goiás. Isso nos traz para o conjunto de pessoas que têm alguma experiência e que podem ajudar Anápolis. 

 

Como o senhor vê a Educação em Anápolis? O que propõe de ideias para o setor?

Nós temos em Anápolis professores muito competentes, muita gente que ama a educação, que não é uma profissão fácil. Você lida com crianças de diversos matizes, com diversas formas de trabalhar, e é uma vida árdua. E nós queremos valorizar todo esse público que trabalha na educação. Vamos trazer, novamente, aquele entusiasmo da educação pública de qualidade. O Antônio Gomide já provou que isso é possível, desde a primeira infância, com os chamados cmeis, ele criou 14 unidades e vai criar muito mais, porque a cidade precisa. E será em tempo integral, porque as mães, para ajudarem na renda da família, precisam ter um tempo útil para o trabalho. 

 

Dentro do planejamento de governo de Antônio Gomide, o que o senhor traria de destaque?

Nós temos apenas uma unidade municipal de pronto-atendimento, que é a UPA, e a UPA do Maracanã na pediatria. Precisamos ampliar isso e o Antônio vai ampliar. Ele, através dos recursos nacionais, dos programas nacionais, tem condições fazer com que Anápolis tenha um total de cinco UPAs. Vamos fornecer na cidade, nas regiões, por exemplo, do Recanto do Sol, na região que envolve o Bairro de Lourdes, o Filostro, outra UPA. Mas não basta isso. Nós precisamos ampliar os leitos de internação. E para isso a gente vai contar com o tradicional credenciamento do SUS, incentivar os hospitais particulares a participar também, a fornecer leitos, e o SUS comprar esse serviço para atender a nossa população. A urgência já existia anos atrás, só que a gente tinha para onde mandar esses pacientes porque tinham mais hospitais em Anápolis, mais leitos disponíveis e a gente podia atender essas pessoas. Nós reduzimos o número de leitos e aumentamos o número de pessoas. O que acontece? Um estrangulamento nessas internações hospitalares para pessoas que não têm condições de ter financiamento próprio. Gomide vai fazer um ambulatório de especialidades médicas, já tem até o terreno, fica ali próximo do Parque na Jaiara. 

 

O senhor ainda exerce a medicina. Como conciliar com um eventual cargo de vice-prefeito? 

Essa pergunta é muito boa para a gente tranquilizar alguns pacientes que a gente tem. Eu sempre trabalhei mais de 14 horas por dia e eu não tenho dificuldade de trabalhar. Eu amo a profissão de médico, mas eu sei também do que significa ser vice-prefeito. A Faculdade de Medicina tem oportunizado a muitos jovens da nossa região a aprender o ofício de ser médico. Então nós temos muitas pessoas que são capazes de nos substituir na área médica, companheiros que são de primeira hora e que a gente confia. É claro que eu vou continuar atendendo alguns pacientes, mas num horário muito restrito. Vou trabalhar na prefeitura no mínimo 12 horas presencial.

 

Qual a sua visão sobre as unidades de saúde geridas por Organizações Sociais, as chamadas OS? 

Nós vivemos num mundo moderno em que as políticas públicas precisam muitas vezes de parceria. E nós não podemos negar isso. Agora, o Gomide também é um homem que sabe fazer política pública. Ele é hoje uma liderança política extremamente competente para gerir política pública. Nós não temos nenhum preconceito. Nós vamos cumprir os contratos. Todos os contratos que a prefeitura tem serão cumpridos. Agora, aquela história, você tem que separar o joio do trigo. Porque o plano, por exemplo, é que o Alfredo Abrahão seja o antigo Hospital Municipal de Anápolis, aberto 24 horas, portas abertas, recepcionando as pessoas naquela região. Nós vamos cumprir os contratos, mas quem não estiver fazendo certo, não fizer aquilo que nós propomos, é claro que não terá oportunidade. Agora, quem está fazendo certo continuará. Você falou da UPA do Maracanã, da UPA pediátrica. Está indo muito bem. Então vamos cumprir os contratos. Não existe, por intenção de uma pessoa inteligente como o Antônio, nenhum tipo de fechar a questão. Agora, vai ter concurso público municipal para os servidores públicos na área da saúde, seja administrativo, sejam técnicos como médicos, enfermeiras, psicólogos, dentistas. 

 

Nas andanças pelas ruas, o que o senhor tem percebido do eleitor?

Nós estamos percebendo que o eleitor tem muitas queixas. Tem muitas queixas e tem gente que ainda não esqueceu a eleição de 2022. Mas a eleição de 2022 já acabou. Nós estamos vivendo outro tempo. Agora a eleição é para prefeito. Radicalismo e polarização são coisas que nós não vamos entrar. Eu mesmo, pessoalmente, sou um crente evangélico há muitos anos e eu sigo o Senhor Jesus. Eu dou testemunho. E quem segue o Senhor Jesus não pode ficar entrando em brigas, em polêmicas, em rotulações, em acusações, em língua grande. Crente deve testemunhar Jesus. A igreja não precisa de política. Os membros da igreja precisam das políticas públicas, como todo cidadão. Então, fazer política na igreja, nós não vamos fazer. Eu tenho dito aos meus irmãos que ainda estão pensando na eleição de 22, que deixem isso, nós temos que pensar na cidade, temos que escolher um prefeito que tenha capacidade para desempenhar políticas públicas com a finalidade de realmente realizar o bem-estar para toda a população, não para defender interesses de grupos que vêm aqui atrás do dinheiro do nosso município, que é muito dinheiro. É um dinheiro sagrado, porque é o suor é o fruto do trabalho de muitos brasileiros que pagam os impostos.

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