Os Jogos Olímpicos movimentam atletas profissionais do mundo todo, porém uma das propostas desta edição é democratizar o acesso ao esporte e a cidade de Paris em si, possibilitando que pessoas comuns possam ter experiências semelhantes às dos atletas.
Através de um sorteio, a anapolina Adriana Barbosa será uma das participantes da maratona às margens do Rio Sena. Ela, que sempre praticou esportes, até pouco tempo não se imaginava correndo, ainda mais em um circuito olímpico.
“Eu não corria, gostava muito de academia, musculação. Sou casada há muitos anos com um triatleta, maratonista, Roberto Bittar. A gente já viajou o mundo inteiro, ele correndo e eu assistindo. Pensava: não quero correr, corrida não é para mim”, disse em entrevista ao Podcast Jogo Rápido, do Ministério do Esporte.
O que mudou efetivamente o estilo de vida de Adriana foi a pandemia de Covid-19 que, em sua fase mais aguda, forçou o fechamento de academias em todo país. Sem sua atividade física preferida, aceitou os incentivos do marido e também treinador para iniciar na corrida.
“Minha história pós-pandemia é a corrida, porque quando veio aquele primeiro momento, em que fechou tudo, eu não tinha academia, a academia ficou muito tempo sem abrir, mesmo abrindo o comércio continuou fechada, havia um tabu em relação às academias”, disse ela, que é advogada.
“Encontrei naqueles momentos uma paz inigualável, encontrei na corrida uma questão de disciplina, de disposição, porque eu tinha que seguir uma planilha. Corria 500m inicialmente, aí vem os primeiros 5km, 10km e acabou a pandemia e eu continuei correndo, corria até 21km, fiz várias meias-maratonas e veio essa ideia, da possibilidade de uma maratona nas Olimpíadas, completou.
Foi através de um aplicativo de corrida que lançaram uma promoção para que pessoas comuns, de todo o planeta, cumprissem diversos desafios, com o prêmio de participar da “Maratona Para Todos”, evento paralelo aos Jogos Olímpicos de Paris, inédito até então.
Cerca de 20 mil pessoas se inscreveram e ao final das etapas Adriana foi uma das poucas representantes do Brasil sorteadas, número que é ainda mais restrito no Centro-Oeste e em Goiás. O episódio completo pode ser ouvido na Rede Nacional de Rádio, no site do Ministério do Esporte e em plataformas de streaming de áudio.
*Com informações de Ministério do Esporte