O deputado estadual Antônio Gomide (PT) foi oficializado neste sábado, 3, como candidato a prefeito de Anápolis sem conseguir ampliar sua aliança para além do espectro da esquerda. Mesmo liderando as pesquisas, ele não atraiu siglas de grande porte para o projeto de voltar a administrar a cidade.
O petista deve ir para a disputa com os dois aliados que obrigatoriamente precisam caminhar com ele, por estarem federados, que são PCdoB e PV, e com PSOL e Rede Sustentabilidade, nanicos ainda na cidade, que não conseguiram nem formar uma chapa completa de candidatos a vereador.
A estratégia do PT foi deixar a ata em aberto, sem anunciar o vice, para ver se consegue trocar o cargo por apoio. Como resta pouco tempo para o término do prazo de definições, que se encerra na segunda-feira, 5, o sucesso da empreitada é pouco provável.
Restará possivelmente a Gomide contar com um nome dentro do grupo que está com ele. O mais cotado é o médico Geraldo Espíndola, filiado à Rede, que fez política nos anos 1980 e 1990 em Anápolis e agora retorna aos palanques com a provável candidatura de vice.
Desde o começo do ano, Gomide tem reservado a vice para um partido de centro-direita ou direita, numa tentativa de balancear a chapa e reduzir a rejeição que o eleitor anapolino tem do PT. O “fantasma do isolamento” parece ter batido à porta da agremiação mais uma vez. Em 2020, também líder nas pesquisas, Gomide conseguiu apoio somente de PCdoB e PMB.
O PT de Anápolis tenta camuflar a todo custo o fato de ser um partido de esquerda. A cor vermelha foi praticamente banida do material de campanha de Gomide. O presidente Lula, estrela maior do partido, não apareceu em nenhum cartaz, faixa ou banner durante a convenção realizada neste sábado na Câmara Municipal.