O pré-candidato a prefeito do PSDB, Hélio Lopes, abriu a semana de entrevistas na Rádio Manchester. O tucano, que foi gestor da Apae por mais de duas décadas, afirmou que o desafio agora é se tornar conhecido junto à população para, já na campanha, apresentar suas propostas. Entre elas, está a ideia de revitalização do centro, com fiação subterrânea na região central e ruas de lazer para fomentar a cultura e o comércio. Hélio foi entrevistado por Serleyser Araújo, Fernanda Morais e Carlos Roberto. Confira os melhores trechos.
Por que ser candidato a prefeito de Anápolis?
Bom, reconhecidamente, a figura de Hélio Lopes ou Hélio da Apae, principalmente baseado nas gestões da Apae, é tido como um bom gestor em nível municipal, estadual e, também, brasileiro, a gente tem certo reconhecimento e muitas premiações pelo Brasil afora, no sentido de fazer uma boa gestão. E eu gostaria de ter a honra de ser o gestor dos 2 bilhões e 158 milhões de reais [orçamento da prefeitura para o próximo ano] do povo anapolino a partir de janeiro de 2025, para fazer a gestão desse recurso financeiro.
E como está o trabalho nessa pré-campanha?
O trabalho está intenso. A primeira constatação feita pelo partido é de que a figura do Hélio Lopes, o Hélio da Apae, é bastante conhecida no centro da cidade, no meio comercial, no meio da advocacia, do empresariado, mas que na população, embora eu estranhe um pouco, em razão do nosso trabalho já há 25 anos dentro da Apae, e justamente nas três áreas de atuação da instituição na assistência social, educação e saúde. E aí nós começamos a fazer uma grande caminhada nos bairros de Anápolis e acho que hoje o nome, por não ser um político, é a primeira vez em que eu o coloco à disposição, já ganha corpo na cidade de Anápolis.
O senhor já falou aí da previsão orçamentária para o ano que vem. Caso eleito, qual seria o maior problema que vê para ser resolvido?
Eu não tenho nenhuma dúvida de que o recurso financeiro é suficiente e certamente que todos que já passaram por aqui devem ter dito, e acho que ainda é o grande gargalo da cidade, a questão da saúde, porque todo dinheiro investido na área é pouco. Mas eu tenho como exemplo uma instituição em que eu tive a honra de presidir por 25 anos, cuidando da Apae de Anápolis, que hoje é uma referência nacional. Nós temos 2.259 Apaes espalhadas pelo Brasil e a de Anápolis é tida como a melhor delas, no sentido de prestação de serviços justamente na área da saúde. E tive também a honra de presidir o Ipasgo, algo em torno de um ano e meio, em plena pandemia, e nós conseguimos fazer uma gestão e dar boa destinação desse recurso financeiro.
Como é que o senhor vê a mobilidade urbana na cidade de Anápolis e qual que é o seu projeto para a área?
Eu tenho plena convicção de que o plano de governo do PSDB, que será apresentado, será o melhor para os próximos anos na cidade de Anápolis. O plano é denominado Dimensão 45 justamente visando 2025 a 2045, os próximos 20 anos. Sobre a mobilidade urbana, sabemos que o grande gargalo nosso também hoje na cidade é justamente a centralização da Urban ali no centro da cidade, a distribuição desses ônibus para os bairros. Então nós temos um projeto nesse sentido para facilitar. Nós temos um plano no sentido de ter um circuito cultural no centro da cidade, visando ter oxigenação nos finais de semana e a partir das 18 horas. Também fazer uma revitalização com parceria público-privado de art decor ali no centro da cidade, ter também, como já foi feito pelo PSDB em Pirenópolis, no quadrilátero central, a eletrificação toda subterrânea. Pretendemos ter um fechamento de ruas ali no centro da cidade no final de semana para que esses automóveis possam fazer circulação já fora do espaço e ter ruas de lazer voltadas apenas para o comércio.
Força Tática, Natal de Coração e Arraiana terão continuidade?
Na verdade, aquilo que for benéfico à população. Eu entendo que política bem feita não se retira. Entendemos que o Arraiana, por exemplo, que está sendo realizado nesta semana, acho que o local é inapropriado, inadequado e eu não faria o Arraiana no local que está sendo feito enquanto prefeito. Entendo, por exemplo, que o Anápolis Futebol Clube jogou ontem, perdeu uma partida lá na Bahia, pode muito bem reverter o resultado, mas infelizmente não jogará na cidade de Anápolis em razão do Arraiana. A Anapolina jogou ontem e não se classificou, não subiu para a Série A por incompetência dela, mas teve que jogar em Goiânia. Então, são situações que eu não concordo como a forma como elas estão sendo colocadas. A crítica é somente em relação a isso. Acho que o investimento que é feito para a realização do evento é o suficiente para comprar ou beneficiar, no caso da assistência social, a quantidade de pessoas que precisam receber essas cestas básicas.
Com relação à Força Tática, sou favorável. Acho que deve existir o banco de horas. Tenho acompanhado a delegacia de trânsito, a Dict. E em razão do trabalho vitorioso que é realizado pela delegacia, obviamente que tem o respaldo da Força Tática de Anápolis e isso vai permanecer. Natal de Coração: eu acho que é um bom trabalho, leva-se expectativa e alegria no momento propício para a população anapolina, no local bem diferenciado, ou seja, vai de encontro a população. Vejo um projeto que, na minha parte, não tem tanta crítica a ser feita.
Nós tivemos oito anos do governo PT e agora oito anos de governo Roberto Naves. Nesse período, você acha que Anápolis estagnou ou avançou?
Eu acho que estagnou em razão da geração de empregos. O PSDB nunca teve a prefeitura de Anápolis, mas no governo de Marconi Perillo, assim que ele assumiu, nós tínhamos algo em torno de 29, 30 empresas no Daia e hoje nós temos 159, gerando em torno de 30 mil empregos. Há anos que nós não temos nenhuma empresa, embora foi desapropriada uma grande área no Daia, ali na plataforma multimodal, e nenhuma empresa até hoje foi colocada ou implantada ou começou a funcionar, gerando emprego e renda dentro do Distrito Agroindustrial de Anápolis. Então, nesse sentido, Anápolis está estagnada.
Como o senhor buscará, uma vez eleito prefeito da cidade de Anápolis, resolver esse problema da falta de vagas nos cmeis?
Anápolis tem falta de vagas, embora temos uma boa quantidade de cmeis. Entretanto, nós pretendemos, não só na questão da educação, se faltar o colégio próximo ao bairro daquela pessoa, é fornecer o cartão porque ele pode buscar o atendimento no privado, tanto de cmeis quanto na escola, facilitando o acesso e valorizando o possível estudante ou a família. E olha que nós temos na área, por exemplo, da assistência social, em Anápolis, 371 organizações sociais que atendem muito bem e que precisam dessa parceria.