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Sessão especial no Cine Sibasolly irá exibir filmes do diretor anapolino Matheus Amorim

Jovem cineasta falou ao DM Anápolis sobre a trajetória e a evolução do mercado local

18/07/2024 16h00
Por: Lucas Tavares
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Nesta quinta-feira (18), a partir das 19h, o Cine Sibasolly, irá exibir gratuitamente três filmes do diretor e produtor anapolino Matheus Amorim. Nascido e criado em Anápolis, o jovem cineasta já acumula trabalhos de sucesso no currículo.

De acordo com o perfil oficial do Cine Sibasolly, os escolhidos para sessão especial, em referência ao aniversário da cidade, foram: Bilhete (2013) - 14 min; Capitão Tocha (2022) - 16 min; e Conto dos Lobos (2021) – 19 min.

Com histórias variadas, os curtas-metragens têm em comum o olhar atento de um diretor apaixonado por cinema. Antes mesmo de começar a “brincar” de fazer filmes, em 2012, Matheus já dedicava boa parte do tempo aos clássicos.

“Eu sempre gostei de filmes de alguma forma, cresci assistindo. Na época do VHS, meus pais gravavam vários filmes, filmes infantis, filmes da Disney, alguns outros como Jurassic Park, filmes que muitas vezes passavam na Sessão da Tarde, para mim era o maior entretenimento. Eu, quando criança, gostava de brincar imaginando os filmes, mas só na minha adolescência que eu comecei a produzir mesmo”, relembrou.

“Um colega meu tinha uma câmera, me juntei com ele para gente produzir um curta, na brincadeira, para fazer graça mesmo. De lá para cá eu tenho produzido bastante”, completou. Os colegas da juventude, juntos, ao longo dos anos, foram se profissionalizando e hoje seguem como parceiros na produtora Velejo Filmes.

Um momento marcante na carreira de Matheus e tantos outros artistas da área foi a chegada do Festival de Cinema de Anápolis, que mobilizou uma geração e segue rendendo frutos. “Nessa época, a gente sentiu: “olha, existe um nicho para nós, existe um lugar aqui que a gente pode produzir os nossos filmes e nossos conteúdos serem vistos pelas pessoas”, conta.

Matheus, que cursava logística, não pensou duas vezes quando o Instituto Federal de Goiás, na antiga capital do estado, abriu vagas para cinema.  Mudou de carreira e de cidade para seguir a primeira etapa deste sonho, concluída em 2019.

Em uma conta rápida, são seis filmes onde assina a direção, sendo que cada um deles possui um lugar especial na memória. “Cada produção é um sentimento diferente, é uma vivência diferente”, destacou.

Quando se fala na dificuldade da produção e nos desafios encontrados para lançar o curta, Matheus destaca “O Conto dos Lobos”. Já na proximidade com a sua própia história, lembra de “Capitão Tocha”. Ambos serão exibidos nesta quinta.

“Um foi uma produção que eu fiz na época da faculdade, foi meu TCC, bastante desafiador, porque não tínhamos nenhum incentivo mesmo, só tirou muito dinheiro do bolso e falou “vai produzir o filme”, contamos assim com a amizade de todo mundo. E o outro é muito interessante porque ele conta da minha infância, então eu tenho um apego por conta disso”, disse.

Perguntado sobre a sensação de ver os filmes serem exibidos na sala pública de cinema da cidade, o jovem cineasta não esconde a felicidade. “Eu tenho orgulho de dizer que sou anapolino e que foi aqui, na cidade de Anápolis, que eu tive o meu incentivo para poder produzir cinema, para acreditar. Eu não precisei ir para São Paulo, para Goiânia, para Brasília, para ter essa coragem de produzir esses meus filmes. Então, exibi-los aqui para mim é uma honra”, concluiu.

Cinema Anapolino

O cinema anapolino, que conta com nomes como Rei Souza, Eduardo Rosário, Eric Ely, Absair Weston, entre outros citados por Matheus, está em ampla ascensão, conquistando, primeiramente, um espaço importante no cenário regional e cada vez mais público.

“Eu enxergo o cinema anapolino hoje como algo que está crescendo, que está se fortalecendo e se encontrando. Quando começamos, a gente foi muito pela curiosidade, muitos ali estavam começando a entender o que é cinema e hoje eu já vejo um cinema um pouco mais maduro”, refletiu Matheus.

“Temos hoje um cinema anapolino que entende o seu lugar, que sabe o que busca, e eu fico muito feliz em ver que a gente buscou se fortalecer, tanto no lado mais técnico do filme, como intelectual também, uma vontade de entender mais como é que é a linguagem do cinema”, concluiu.

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