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Nível de álcool encontrado no pão de forma pode ser acusado no bafômetro, alerta Detran Goiás

Polêmica surgiu após a Proteste divulgar uma pesquisa apontando o elevado teor alcoólico em algumas marcas do alimento

17/07/2024 20h00
Por: Aglys Nadielle
Foto: Montagem/DM Anápolis
Foto: Montagem/DM Anápolis

O Departamento Estadual de Trânsito de Goiás realizou um teste utilizando o pão de forma e constatou que, após ingerir duas fatias, o nível de álcool encontrado no alimento pode ser acusado no teste do bafômetro. A análise veio após a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) divulgar um relatório, apontando que os produtos podem conter índice elevado do composto orgânico. 

Segundo divulgado pelo Detran, foram feitas duas avaliações. Na primeira delas, o equipamento indicou 0,12 miligramas, sendo que a tolerância estabelecida é de 0,5. Desta forma, ainda considerando a margem de erro de 0,4 mg, pode ser indicado como alcoolemia. 

Em um segundo teste, utilizando a marca de pão Pullman, já não foi encontrado nível de álcool no sangue. O órgão reforça a importância de se atentar à composição dos produtos. Na primeira análise, o pão de forma utilizado foi da Visconti. 

“Orientamos que quando o cidadão condutor for dirigir seu veículo, esteja atento aos alimentos que estão ingerindo. Sabemos que bombons de licor, pão, dentre outros alimentos, contém álcool em sua composição”, indicou o tenente Valério, que acompanhou o teste realizado pela equipe Balada Responsável.

A boa notícia é que, segundo o Detran, três minutos após ingerir as duas fatias de pão, o teor alcoólico já não é mais acusado no teste. O órgão destaca que o composto orgânico não vai para os pulmões e logo é liberado do organismo do motorista.

Segundo o Proteste, o elevado índice de álcool na composição do alimento se dá pelo processo de conservação. Além de também estar presente na etapa de fermentação, mas este é evaporado em grande parte por conta das altas temperaturas em que o produto é colocado para chegar em sua fase final.

“O conservante então é diluído em álcool e aspergido no produto pronto, porém, como foi dito anteriormente, é necessário um cuidado com a quantidade que será aplicada, porque o álcool usado para diluição do conservante deve ser evaporado até o consumo em si do pão, mas se houver um abuso na quantidade do anti-mofo ou em sua diluição, isso pode não ocorrer e ocasionar em um pão com um teor de etanol muito elevado”, destaca a pesquisa.

Em nota ao G1 Saúde, a Visconti afirmou que adota “rigorosos padrões de segurança alimentar” e reforçou ainda que segue devidamente a legislação e regulamentação vigente. A marca é uma das que foram apontadas com alto teor de álcool.

Confira a nota na íntegra:

A Pandurata Alimentos, responsável pela fabricação dos produtos Bauducco e Visconti, esclarece que adota rigorosos padrões de segurança alimentar em todo seu processo produtivo e na cadeia de fornecimento. A empresa possui a certificação BRCGS (British Retail Consortium Global Standard), reconhecida como referência global em boas práticas na indústria alimentícia, e segue toda a legislação e regulamentações vigentes.

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