A Polícia Civil flagrou 52 motoristas dirigindo sob efeito de bebida alcoólica e outras drogas, o que resultou em 10 prisões neste final de semana em Anápolis. O delegado Manoel Vanderic, titular da Delegacia de Investigação de Crimes de Trânsito (DICT) explica o porque não são todos presos durante uma operação.
O delegado detalha que há uma tolerância criminal para que os indivíduos sejam levados à delegacia, mas ainda assim há uma alta multa para quem tiver ingerido até mesmo uma única lata de cerveja. Ele ressalta que para infração administrativa, o nível de álcool aceitável é zero.
“Existe muita confusão da população em relação a isso. Por que a balada responsável prega que a tolerância é zero? Qualquer teor que você tomar, um licor, um copo, uma latinha de cerveja, vai te acarretar multa. Agora, quando o motorista passa do teor de 0,34 miligramas de álcool, além dessas penalidades, das multas, do ponto na CNH, ele também pratica o crime”, explicou.
A infração administrativa pode custar de R$ 3 mil a R$ 6 mil em caso de reincidência. Outra ação passível de multa é quando o indivíduo se recusa a soprar o bafômetro, podendo resultar em uma punição de quase R$ 3 mil.
“Neste final de semana foram 10 acima de 0.34 e também, ou que se recusaram a soprar, ou tinham usado outras drogas, mas tinham a capacidade de psicomotora alterada, e 52 praticaram a infração administrativa. A gente não tem a capacidade de aplicar a multa, a gente comunica os órgãos de trânsito para que isso seja feito”, destaca.
As medidas, porém, não são as mesmas quando há vítimas em resultado da embriaguez. “Quando tem lesão ou morte, aí já vai pra outra tipificação, aí não cabe fiança em sede policial. O que acontece muito aqui é que além da embriaguez, o motorista geralmente resiste ou ele desacatou o policial. Aí somada essa pena desses outros crimes, aí deixa de ter a possibilidade de arbitrar fiança também, eles são recolhido”, detalha..
A reação dos motoristas ao serem abordados pela corporação policial é, em grande parte das vezes, exaltada. Segundo Vanderic, muitos deles precisam ser algemados para a segurança dos mesmos e dos policiais.
“Isso é muito recorrente aqui, porque o motorista embriagado também tem a sua capacidade, comportamento alterado. Ele não responde por si, por isso que a maioria tem que ser algemada, a gente tem que ter um outro comportamento para segurança dele e dos policiais. A gente já tinha um motorista aqui que tentou fugir da delegacia e ficou preso na concertina do muro. Levou mais de 50 pontos profundos, cortes profundos, quebra-porta, agride policial. Então é um trabalho muito cuidadoso, melindroso que a gente tem que fazer”, completou.