Anápolis amplia vacinação contra HPV para pessoas de 15 a 45 anos que fazem uso de PrEP

Moradores de Anápolis, com idades entre 15 e 45 anos, que fazem uso da Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP), agora poderão se vacinar contra o  HPV (papilomavírus humano). Esta é considerada a  Infecção Sexualmente Transmissível (IST) mais frequente no mundo.

A atualização da composição do público-alvo vem após a Nota Técnica do Ministério da Saúde (MS) que orienta a ampliação para ajudar ainda mais na prevenção. Um dos principais motivos é que este vírus está associado ao desenvolvimento da quase totalidade dos cânceres de colo de útero e de diversos outros tumores em homens e mulheres.

De acordo com o MS, pessoas que fazem uso de PrEP poderão se vacinar contra o HPV em qualquer sala de vacina pública, seja posto de vacinação,  Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE), Serviço de Atendimento (SAE) ou Centro de Testagem e Aconselhamento.

Porém, isso só será possível mediante a apresentação de qualquer tipo de comprovação referente ao uso da medicação. Segundo a Prefeitura de Anápolis, será disponibilizada a vacinação para o grupo elegível, em todas as salas de vacinação.

Além disso, reforça que, para receber a dose do imunizante, será necessário apresentar prescrição médica, documento que comprove o tratamento e cartão vacinal. Até o final de junho, 535 pacientes ativos realizavam o tratamento com PrEP na cidade.

Este medicamento é uma das formas de prevenir a infecção pelo HIV, caso ocorra exposição ao vírus. Para isso, é necessário tomar diariamente uma pílula que contém dois medicamentos: tenofovir e entricitabina. No entanto, a profilaxia pré-exposição não impede a infecção por outras ISTs.

O medicamento é indicado para pessoas a partir dos 15 anos, sexualmente ativas e que apresentam risco aumentado para aquisição da infecção pelo HIV. No Brasil, segundo o MS, aproximadamente 84.926 pessoas usam a PrEP, sendo que 82% são homens que fazem sexo com homens, 3,2% mulheres trans e travestis, 6,7% homens cisgêneros heterossexuais e 5,8% mulheres cisgêneros.