Economia ECONOMIA

Caiado diz que mecanismo de dívida dos estados com a União é "insustentável"

Em oito anos, volume total dos débitos saltou de R$ 283 bilhões para R$ 584 bilhões

02/07/2024 18h00
Por: Emilly Viana
Fotos: Wesley Costa
Fotos: Wesley Costa

O governador Ronaldo Caiado (UB), propôs uma solução para mitigar o aumento da dívida dos estados com a União, que, segundo ele, tem se tornado uma situação insustentável. Caiado e outros governadores têm uma agenda, nesta terça-feira (2), com o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD) para tratar desse assunto.

“É preciso encontrar um mecanismo capaz de diminuir esse valor exorbitante que já atingiu R$ 584 bilhões em oito anos. Nossa proposta é de um IPCA puro. Do jeito que está, é insustentável”, afirmou em entrevista à CBN Nacional.

Caiado citou a situação de Minas Gerais, dizendo que se algo não for feito em prol daquele estado, o mesmo cenário poderá ocorrer com outros estados. “Se não fizermos nada, não será apenas Minas Gerais que ficará nessa situação. Estamos vendo algo que está evoluindo em uma proporção que vai sufocar a economia dos estados”, frisou.

O chefe do Executivo goiano destacou que, mesmo com os estados tendo um crescimento acima da média, como Goiás, que tem um acréscimo de 6% ao ano, com a evolução da dívida, a tendência é que todos os estados caminhem para uma situação de inadimplência. Ele afirmou que o Projeto de Lei Complementar sobre a dívida dos estados com a União será votado a tempo de prevalecer ainda em 2025.

O Projeto de Lei Complementar sobre a dívida dos estados com a União deve ser votado em regime de urgência pelo Senado, sem passar por comissões temáticas. O senador Davi Alcolumbre (União-AP) é cotado para a relatoria da proposta.

Política

Durante a entrevista, Caiado voltou a defender seu nome como pré-candidato à Presidência da Republica em 2026. “Tenho uma trajetória de cinco mandatos na Câmara dos Deputados e um no Senado, e agora, com dois mandatos de governador, coloquei meu nome à disposição”, argumentou.

Ele também revelou que busca um acordo com o partido e aliados, e que a Segurança Pública é sua principal bandeirante. “Até onde vai o nível de contaminação dessas facções criminosas chegando aos poderes e decidindo situações que constrangem os empresários e os cidadãos de bem. Estamos discutindo a saúde, a educação e a economia. Tenho debatido esses temas com muita intensidade e pretendo continuar assim até a convenção do partido em 2026”, destacou.

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