Justiça ATUALIZAÇÃO

Conselho Tutelar de Anápolis decide encaminhar filha de influenciador para casa de avó paterna

Com apenas 02 anos de idade, criança não possuía condições de higiene adequadas e era vítima de chacota por parte do pai

25/06/2024 15h34
Por: Lucas Tavares
Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Após a denúncia de que o influenciador digital Igor Viana, de 24 anos, manteve a filha, de apenas 02, em condições de maus-tratos, o Conselho Tutelar de Anápolis decidiu encaminhar a criança para a casa da avó materna. A menina, que nasceu com paralisia cerebral, era alvo de chacota do pai nas redes sociais.

As primeiras denúncias surgiram com a afirmação de que a criança não possuía condições de higiene adequadas. Com as investigações em curso, o pai deve responder por maus-tratos, estelionato e desvio de proventos de pessoa com deficiência.

Isso porque a suspeita de que o homem desviava o dinheiro provindo de doações para benefício próprio ficou ainda mais evidente após uma entrevista concedida por ele. Ao portal de notícias G1, ele afirmou que a filha não tem PIX, logo, os recursos iam diretamente para sua própria conta.

“Se eles foram trouxas, a culpa não é minha. Eu não sou obrigado a usar o dinheiro que eles mandam especificamente com a minha filha. Eu também tenho necessidade de serem supridas. Também sou um ser humano", disse Igor.

O caso chocou não só os anapolinos, mas todo estado de Goiás e o Brasil, pela forma como o pai se referia a filha com necessidades especiais, chamando ela de “inútil”, por não conseguir ir ao mercado para ele, “chata” e que já teve vontade de largá-la na porta de um orfanato.

Segundo a delegada responsável pelo caso, Aline Borges, não se trata de uma brincadeira, mas sim uma exposição e constrangimento, não apenas desta criança, mas de todos aqueles com algum tipo de deficiência. Ela ainda afirma que a mãe da criança também é investigada, podendo responder por omissão.

“Como mãe, ela tem o dever de evitar e de não concordar com esse tipo de atitude. No momento em que concordou e permitiu o que ele fez, sem tomar providências, ela pode ser responsabilizada por omissão”, destacou a delegada, ao G1.

Apesar de estarem separados, os pais não entraram em processo judicial pela guarda da menina e decidiram juntos que a melhor opção seria morar com o pai.

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