Cacai Toledo é transferido para presídio de segurança máxima em Aparecida de Goiânia

O ex-presidente do Democratas (DEM) de Anápolis, Carlos César Savastano Toledo, conhecido como Cacai Toledo, foi transferido de Brasília para o presídio em Aparecida de Goiânia. Cacai é acusado de envolvimento na morte do empresário Fábio Alves Escobar Cavalcante.

Segundo a Diretoria-Geral da Polícia Penal (DGPP), ele será mantido na unidade de segurança máxima do Complexo Prisional Policial Penal Daniella Cruvinel. Demóstenes Torres, advogado de Cacai, esclareceu que a transferência foi realizada a pedido da defesa.

Cacai estava foragido desde novembro do ano passado e foi detido em 3 de junho deste ano, em Samambaia, no Distrito Federal. A defesa afirmou que a prisão ocorreu em acordo com as autoridades, com a única exigência de garantir a segurança do acusado, que teme "os verdadeiros mandantes do crime praticado contra Fábio Escobar".

A polícia monitorou o suspeito por quase 20 dias antes da prisão, buscando-o em vários estados e até fora do país, incluindo São Paulo, Paraná, Paraguai e Argentina. A localização do acusado foi revelada por uma denúncia anônima, conforme informou o delegado-geral da Polícia Civil, André Ganga. O proprietário da residência onde Cacai foi encontrado tinha ligação com sua família.

De acordo com a Polícia Civil, o empresário Fábio Escobar foi assassinado em 23 de junho de 2021 por vingança após denunciar desvios de dinheiro na campanha eleitoral de 2018 de Cacai Toledo. Escobar trabalhou com Cacai na campanha de 2018 e, no ano seguinte, passou a acusá-lo publicamente. Em um dos vídeos divulgados, Escobar devolvia R$ 150 mil, alegando ter recebido a quantia de Cacai como suborno para cessar as denúncias. A polícia concluiu que essas desavenças motivaram o assassinato.

A defesa de Cacai Toledo divulgou uma nota afirmando que estava em negociação com as autoridades para apresentar o acusado, exigindo apenas a garantia de sua segurança. "Agora, com o cumprimento do mandado de prisão, confia que sua integridade seja preservada pelas forças de segurança pública, Ministério Público e Poder Judiciário", finaliza o texto.