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Fica 2024 tem quase metade das produções dirigidas por mulheres

Do total geral de diretores, 47,5% são mulheres, contra 40,8% da edição anterior; mulheres diretoras são mais da metade nas mostras Washington Novaes e na de Cinema Indígena, inédita nesta edição

07/06/2024 15h08 Atualizada há 6 meses
Por: Emilly Viana
Filme Meada Cor Kalunga, da diretora Marta Kalunga. Foto: Divulgação
Filme Meada Cor Kalunga, da diretora Marta Kalunga. Foto: Divulgação

O 25º Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica) é a edição com o maior número de mulheres diretoras nas mostras competitivas. Em 2024, foram 61 diretores creditados, dos quais 29 são mulheres, o equivalente a 47,5% do total. A edição anterior teve 40,8% de mulheres diretoras. 

Neste ano, o Fica acontece de 11 a 16 de junho, tradicionalmente na cidade de Goiás. A realização do Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), em correalização com a Universidade Federal de Goiás (UFG), por meio da Fundação Rádio e Televisão Educativa (RTVE). 

Nesta edição, as mostras Washington Novaes e a de Cinema Indígena e Povos Tradicionais foram as que mais concentraram mulheres diretoras, com 52,9% e 57,9%, respectivamente. Somente a mostra de Cinema Indígena, inédita esse ano, teve 11 diretoras, de 19 creditados. Já a mostra do Cinema Goiano, possui metade da direção realizada por mulheres. Das quatro mostras competitivas, apenas a mostra Becos da Minha Terra, exclusiva para produções da Cidade de Goiás, teve menos mulheres dirigindo as obras.

Pedro Novaes, diretor de programação do Fica, acredita que, apesar de ainda ser um espaço majoritariamente masculino, é possível observar uma maior representatividade feminina no mercado audiovisual.  Além disso, ele destaca a necessidade de aliar as discussões sobre meio ambiente com o recorte de gênero. 

“A Comissão de Seleção levou isso em consideração como um dos um dos critérios, embora não só, e eu acho que é fundamental, porque, entre outras coisas, a questão ambiental não está desconectada de outras grandes questões e outras  transformações que o nosso tempo pede, ela não está desconectada da questão de gênero e outras questões relativas a grupos sociais sub-representados”, avalia.

Marta Faria da Silva é uma das diretoras contempladas e está competindo com o filme “Meada Cor Kalunga” na Mostra Indígena e de Povos Tradicionais e ressalta que a representatividade feminina é uma forma das mulheres “falarem por si mesmas”. “É muito importante esse aumento no número de mulheres. Eu estou muito feliz em estar participando com outras mulheres, estou conhecendo coisas que não conhecia e achava que não era capaz. Então isso é mostrar para as mulheres que a gente pode, é levar a nossa história. Vamos tomar a frente do nosso poder e da nossa luta”, celebra.

 
 
 
 
 
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