O Partido Renovação Democrática (PRD), em Anápolis, se revela diante de uma encruzilhada. O presidente municipal, o farmacêutico Clodoaldo Dias disse nesta quinta-feira, 6, que seu grupo partidário tem “boa tratativa com o (pré-candidato a prefeito) Márcio Corrêa”, do PL. Mas também afirma que, “porém, a política é dinâmica, não sabemos o que vamos encontrar lá na frente”.
Segundo ele, sua equipe, atualmente, está “andando” com Corrêa. E, instado a responder sobre um possível aceno positivo do PT em oferecer a vice na chapa encabeçada pelo deputado Antônio Gomide, Clodoaldo admite que sim, essa conversa aconteceu. “Isso veio de Goiânia, quando a deputada (Magda Mofato) disse que tínhamos liberdade para coligar com quem quiséssemos, até mesmo com o PT. Não houve objeção”, disse.
É perceptível na fala de Clodoaldo Dias que essa dúbia situação provoca um certo ar de indecisão. Embora reafirme que a linha de pensamento do PRD é de direita e que as pessoas que foram filiadas ao partido também têm perfil de direita. Informou ainda que os pré-candidatos a vereador já demonstraram uma preferência ao projeto de Márcio Corrêa.
Mais à frente, Clodoaldo volta a considerar uma indicação à vice na chapa do PT, ao evocar a célebre frase do governador de Minas Gerais, José Magalhães Pinto (1909-1996), de que “política é como nuvem, você olha e ela está de um jeito, olha de novo e ela já mudou”. E que as tratativas vão ocorrer até as convenções. “O que está em jogo é o futuro do povo anapolino e não a vontade pessoal minha ou de pré-candidato a vereador”, comentou.
SUGESTÃO
Sobre a informação de que, se o PRD indicar a vice em alguma chapa, o nome seria o seu, Clodoaldo Dias disse que trabalha em prol do grupo partidário e que não tem a vaidade de ser vice, “seja de Márcio Corrêa, ou de Antônio Gomide, ou de Eerizania Freitas, ou de quem for”. E reafirma que o PRD tem um projeto para Anápolis. Ter seu nome lembrado, explicou, é “consequência do trabalho”.
Clodoaldo Dias assegura que não tem a vontade de ser vice, mas revela que é “um soldado”. E que nos 35 anos em que milita na política, faz “a política do bem, que acrescenta, que evolui”. Entretando, afirma que não tem medo de enfrentar os desafios políticos. Lembrou que há 40 anos trabalha na área da saúde, como farmacêutico, e entende que há gargalos neste setor e que precisa haver uma “desburocratização”. Para concluir, disse que no PRD faz um trabalho de base e que, se seu nome despontar com preferido até as convenções, se for bom para o PRD e o PL, “se for a vontade do Márcio (Corrêa), estou à disposição”.