A Polícia Civil efetuou, nesta segunda-feira (03), a prisão do empresário e ex-presidente do DEM (atual União Brasil) de Anápolis, Carlos César Savastano Toledo, conhecido como Cacai Toledo. Agora, ele é considerado réu no caso Fábio Escobar, morto em 2021.
A denúncia do Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO), aponta para homicídio qualificado. De acordo com a Polícia Civil (PC), o motivo do assassinato foi vingança, pois Escobar havia denunciado desvio de dinheiro na campanha eleitoral de 2018.
A prisão foi efetivada em Brasília, pela Delegacia Estadual de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco). A Superintendência de Inteligência da Polícia Civil e Inteligência da Secretaria da Segurança Pública de Goiás também participou da ação.
Mais detalhes sobre a prisão devem ser divulgados à imprensa nesta terça-feira (04).
O caso que levou à expedição do mandado de prisão contra Cacai remonta ao assassinato do empresário Fábio Alves Escobar Cavalcante, há três anos, em uma emboscada em Anápolis.
Em setembro de 2023, a PC deflagrou a Operação Tesarac, que prendeu dez policiais militares suspeitos de ligação com o crime. Segundo o Ministério Público de Goiás (MPGO), eles teriam sido responsáveis pela morte de sete pessoas numa forma de ‘queima de arquivo’, para descartar provas ligadas ao assassinato de Escobar.
Nos autos, os promotores responsáveis pela investigação apontam que, inclusive, um dos policiais chegou a plantar uma arma de fogo no local do assassinato de uma das vítimas para atribui-lo a um grupo de amigos, também executado.
A denúncia do MPGO também mostrou movimentações bancárias incompatíveis com os rendimentos deles. Dois dos suspeitos chegaram a girar cerca de R$ 6 milhões num período de quatro anos.
Fábio Escobar foi morto no dia 23 de junho de 2021. À época, ele tomou um táxi para se encontrar com um homem chamado “Fernando” que havia entrado em contato com ele supostamente interessado em vender uma lavanderia, ramo no qual o empresário já atuava.
Todavia, no caminho, Escobar, foi surpreendido por uma emboscada. Logo que deixou o táxi, foi alvejado por quatro disparos de arma de fogo. O laudo pericial aponta que os disparos partiram de dois homens que saíram de um Fiat Uno. Ambos tinham os rostos cobertos por balaclavas.
O empresário chegou a ser socorrido pelo taxista e foi levado ao hospital. Ele, contudo, não resistiu aos ferimentos e morreu logo depois de receber os primeiros atendimentos médicos. Cacai chegou a ser preso preventivamente em novembro de 2023.