A Secretaria Estadual de Educação de Goiás (Seduc) deu início a uma ampla reforma de aproximadamente 150 mil conjuntos de mesas e cadeiras escolares em todo o estado. A iniciativa visa não apenas a melhoria das condições físicas dos móveis, mas também uma significativa economia para os cofres públicos.
De acordo com a pasta, o serviço de reforma inclui a troca de tampos e a renovação da pintura dos conjuntos escolares. Até o momento, mais de 25 mil desses conjuntos já foram reformados em 177 unidades escolares.
A decisão de priorizar a reforma teve como base a necessidade identificada pelas 40 Coordenações Regionais de Educação (CREs), que indicaram as escolas que mais necessitavam desse serviço. Segundo Leonardo Santos, superintendente de Gestão Administrativa da Seduc, além da otimização de recursos financeiros, a reforma dos conjuntos escolares traz ganhos ambientais significativos, uma vez que evita o descarte de toneladas de entulhos metálicos.
A decisão de reformar os conjuntos escolares vem após um processo iniciado em 2020 para a aquisição de 100 mil novas unidades, atendendo a um pedido das escolas, que não viam a substituição desses móveis há mais de uma década. Na época, a Seduc identificou uma demanda expressiva de reformas e consertos, percebendo que essa medida não só proporcionaria economia aos cofres públicos, mas também atenderia às necessidades das instituições de ensino e dos alunos de forma eficaz.
Bônus a professores
Outra medida anunciada nesta semana para a Educação é o pagamento aos servidores ativos da rede estadual de educação um bônus por produtividade até o mês de dezembro deste ano.
O projeto de lei, enviado pelo governador Ronaldo Caiado à Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), foi aprovado pelos deputados em votação definitiva nesta terça-feira (30). “É uma forma de reconhecer o empenho e a dedicação dos profissionais”, diz o chefe do Executivo. O investimento é de R$ 200 milhões.
Na justificativa do projeto, a Governadoria destaca que o pagamento também estimula a oferta de ensino de qualidade. "De acordo com a medida, o bônus por resultado possui natureza remuneratória e, com ele, espera-se que haja estímulo maior à formação intelectual dos alunos e aos decorrentes bons resultados em suas avaliações estaduais e nacionais", frisa o documento. O texto foi elaborado de forma conjunta pelas Secretaria da Educação (Seduc) e Administração (Sead).
O adicional equivale a 95% do vencimento e deve beneficiar mais de 48 mil professores e servidores administrativos, entre efetivos e temporários. Esse será o quarto ano seguido que o bônus é pago com recursos do Tesouro Estadual e do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). A categoria ainda recebe auxílio alimentação de R$ 500 e auxílio aprimoramento de R$ 500.
As medidas se somam a outras ações desenvolvidas pela Seduc para valorizar a carreira. Além do pagamento do piso nacional, está em análise pelos deputados o projeto de lei que reajusta os salários em 4,62%. Antes, em 2021, o Estado equiparou o salário dos professores temporários ao dos efetivos. Os professores receberam, ainda, notebooks para uso pessoal. Desde 2019, o setor recebeu mais de R$ 7 bilhões em investimentos.