Professores da Universidade Federal de Goiás (UFG) irão decidir sobre a possibilidade de entrar em greve por meio de um plebiscito eletrônico organizado pelo Adufg-Sindicato. A novidade foi anunciada pelo presidente da entidade, professor Geci Silva, durante uma assembleia na quinta-feira (25).
A votação, disponibilizada no sistema eletrônico do Adufg-Sindicato estará aberta até a próxima terça-feira (30), às 12h. Os docentes podem participar do plebiscito seguindo um conjunto simples de instruções acessando www.votacao.adufg.org.br.
Bastar inserir o CPF e clicar em acessar, abrir o e-mail em outra janela do navegador para encontrar a senha enviada pelo sistema, voltar para a página de votação, inserir a senha e clicar em entrar. Depois, o docente deve selecionar a opção desejada e clicar em “efetuar meu voto”.
Para garantir o acesso ao plebiscito, as senhas são automaticamente enviadas aos e-mails dos professores. Aqueles que não receberem as informações devem contatar o sindicato pelo telefone (62) 3202-1280.
É importante ressaltar que mesmo os professores que não são filiados ao Adufg-Sindicato têm o direito de participar do plebiscito. No entanto, antes de acessar o sistema de votação, é necessário solicitar o cadastro através do e-mail [email protected], fornecendo informações como nome completo, número da matrícula Siape, CPF, e-mail e unidade acadêmica.
Enquanto isso, as atividades acadêmicas na universidade prosseguem normalmente, sem uma decisão ratificada sobre a greve nacional, pelo menos até o final de abril. A greve federal da educação, que mobiliza sindicatos de servidores administrativos e professores de instituições federais de ensino em todo o país, apresenta como principais reivindicações a reestruturação dos planos de carreira, reposição salarial, realização de novos concursos e investimentos nas instituições do sistema federal de ensino.
Em entrevista ao portal Brasil de Fato, Elenira Vilela, coordenadora geral nacional do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), destacou que as perdas salariais dos servidores federais da educação já acumulam 20% há pelo menos nove anos, enquanto o orçamento das instituições permanece estagnado desde 2015.
Diante disso, a recomposição salarial exigida varia de 22,71% a 34,32% entre as categorias, além do pedido para equiparação dos benefícios da educação com os auxílios previstos no Legislativo e no Judiciário. No entanto, o Governo Federal, através do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), já adiantou que não há previsão para reajuste salarial neste ano.
A contraproposta do governo inclui o aumento do auxílio alimentação para R$ 1 mil, da assistência pré-escolar para R$ 484,90, e um reajuste de 51% no valor da Saúde Suplementar, conforme informado pela ministra do MGI, Esther Dweck, durante o programa “Bom Dia, Ministra”, em 11 de abril. A ministra ressaltou também o reajuste de 9% no salário para todos os servidores públicos federais em 2023 e as negociações em curso com o sindicato dos técnicos-administrativos para a reestruturação da carreira.