Meio Ambiente PRESERVAÇÃO

Goiás vai na contramão e diminui desmatamento do Cerrado em 2022

Semad explica que resultado vem após fortalecimento da fiscalização e supressão de vegetação

13/06/2023 19h00
Por: Lucas Tavares
Foto: Semad
Foto: Semad

O desmatamento em Goiás recuou 2% em 2022, em comparação com 2021. No ano passado foram registrados 30.915 alertas no estado, um pouco menos do que os 31.410 do ano anterior. 

Com esse resultado, divulgado pelo Mapbiomas nesta segunda-feira (12), Goiás ocupa o 12º lugar no número de alertas contabilizados pelo Relatório Anual de Desmatamento no Brasil, sendo responsável por 1,50% do contingente nacional. 

Apesar do resultado positivo em Goiás, os números do Cerrado, como um todo, preocupam. Isso porque houve um aumento de 31,2% no desflorestamento, sendo o “Matopiba” o principal responsável pelo avanço, 26,3% da área desmatada no Brasil. 

Essa região inclui os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, os três últimos com números significativos. Na Bahia o desmatamento avançou 48%, no Piauí, 116%, e no Tocantins, 31% 

O relatório mostra que nenhum município goiano está entre os 50 que mais desmataram, porém destaca que o “assentamento rural” Kalunga foi o que teve a maior área desmatada em 2022. 

 

Fiscalização 

 

Para a secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Andréa Vulcanis, o desmatamento caiu em Goiás por causa de dois fatores, a fiscalização mais eficiente e a análise de pedidos de supressão legal e monitorada de vegetação mais ágil que, segundo ela, convenceu mais produtores a respeitar a lei ambiental. 

As autuações emitidas pela Semad por desmatamento saíram de 6,2 mil hectares em 2018 para 16 mil em 2019, primeiro ano do atual governo, 18 mil em 2020, 32 mil em 2021 e 64 mil em 2022. 

Até maio deste ano, a área desmatada submetida à autuação já passava de 18 mil. O número de autos saiu de 534 em 2020 para 1.363 em 2022. 

Já a quantidade de licenças emitidas pela Semad para supressão de vegetação feita conforme determina a lei ambiental, com monitoramento, saiu de 1,4 mil autorizações expedidas em 2018 para 27 mil em 2022. 

De acordo com o relatório, houve incremento na supressão ilegal de vegetação em todos os biomas, com exceção da Mata Atlântica (em que o recuo foi de 0,6%). O estudo traz números preocupantes sobre a Amazônia (19%), Caatinga (22%), Pampa (27,2%) e Pantanal (4,4%).

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