O Diário Oficial do município de Anápolis publicou a Portaria nº036, que aprova a revisão do Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental - APA Parque das Antas, uma unidade de conservação criada por meio da Lei Municipal nº 3.412, de 5 de novembro de 2009. As Áreas de Proteção Ambiental (APAs) são unidades de conservação do grupo de uso sustentável, cujo objetivo é compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável de parcela dos seus recursos naturais.
De acordo com o diretor de Meio Ambiente, Tiago Freitas Vitorino, que também é presidente da Comissão de Acompanhamento, a criação da APA Parque das Antas tem como objetivos: preservar o manancial hídrico de abastecimento de água de Anápolis; controlar a expansão urbana desordenada e os usos inadequados do solo; recuperar áreas degradadas e erodidas evitando o assoreamento dos recursos hídricos.
Somado a isto, promover o desenvolvimento sustentável respeitando a capacidade de suporte ambiental dos ecossistemas, potencializando as vocações naturais, culturais, artísticas, históricas e ecoturísticas do território; implantar uma política municipal eficiente compatível com a realidade ambiental existente, impedindo ações degradadoras; desenvolver práticas econômicas compatíveis com a realidade ambiental existente, impedindo ações degradadoras; recuperar a qualidade da água nos cursos hídricos existentes na área da APA; e promover outros usos compatíveis com a criação da unidade de conservação.
A APA Parque das Antas encontra-se no perímetro urbano do município de Anápolis, e seus principais referenciais são a Ferrovia Norte-Sul, que corta a APA no sentido norte-sul, a BR-060 e a Avenida Brasil, que representa a principal via de acesso à área da APA, além de ser um dos limites da Unidade de Conservação. “A APA está inserida no domínio do bioma Cerrado, formado por uma variada diversidade de paisagens em forma de mosaico, responsável por abrigar uma altíssima biodiversidade com grande percentual de endemismos, resultado de uma longa e dinâmica história evolutiva”, diz o documento aprovado.
Tiago Vitorino cita também a APA do Ribeirão Piancó, localizada ao norte do município de Anápolis e que faz limite com os municípios de Pirenópolis, ao norte, Abadiânia, a leste, e Campo Limpo de Goiás, a sudoeste. “Ambas as APAs são importantes para a preservação da Fauna, da Flora e dos Recursos Hídricos. Nestas duas foram criadas as áreas de conservação, preservação de mananciais, protegendo nascentes e recursos naturais e fixando parâmetros para recomposição”, detalha.
A Área de Proteção Ambiental (APA) do Ribeirão Piancó é uma unidade de conservação criada por meio do Decreto Municipal nº 43.744, de 5 de junho de 2019 e que atende ao disposto na Lei Complementar Municipal nº 349, de 7 de julho de 2016, que instituiu o Plano Diretor do Município, em especial seu artigo nº 12, que determinou a criação e implantação da Unidade de Conservação (UC) do Ribeirão Piancó. “As Áreas de Proteção Ambiental são unidades de conservação do grupo de uso sustentável, cujo objetivo é compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável de parcela dos seus recursos naturais”, detalha Tiago Vitorino.
A APA está inserida no domínio do bioma Cerrado, formado por uma variada diversidade de paisagens em forma de mosaico, responsável por abrigar uma altíssima biodiversidade com grande percentual de endemismos, resultado de uma longa e dinâmica história evolutiva. Nela ocorrem as formações florestais, savânicas e campestres do Cerrado, com destaque para as formações florestais representadas pelas matas de galeria que margeiam os cursos das nascentes e ribeirões e pela mata de interflúvio.
Segundo informa o diretor Tiago Vitorino, após a criação dos planos de manejo, o próximo passo é a criação dos Conselhos da Apa do Parque das Antas e da Apa do Ribeirão Piancó, “Já foi anunciada também a Apa do Caldas, que é a região do Daia. Estas três Apas são vitais para o abastecimento da água de Anápolis”, enfatiza.