Mais de 3 mil anapolinos correm o risco de perder o Bolsa Família

Aproximadamente 3.400 grupos familiares correm o risco de perder o benefício do Bolsa Família em Anápolis. Recém reformulado pelo governo federal, o programa começou a realizar pagamentos atualizados nesta segunda-feira (20). 

Os dados foram levantados pela Secretaria de Integração Social, Esporte e Cultura, pasta responsável pelo monitoramento da atividade no município. Os beneficiários ameaçados são aqueles que estão com o cadastro desatualizado. 

Eerizania Freitas, titular da pasta, explica que os dados devem ser atualizados a cada dois anos, sempre que tenha alteração no núcleo familiar ou condição socioeconômica.  

“Caso o Cadastro Único tenha sido atualizado nos últimos dois anos, ou caso a família tem a mudança na sua composição do núcleo familiar, na sua realidade socioeconômica e já tenha realizado o cadastro, fique tranquila”, disse. 

Aqueles que não fizeram a atualização do Cadastro Único (CadÚnico) precisam procurar a sede da secretaria, localizada ao lado do Terminal Urbano de Anápolis. Em caso de descumprimento, o benefício será suspenso. 

“O governo federal diz que a suspensão pode ser a qualquer momento, mas se até dezembro essas famílias não nos procurarem, elas terão a suspensão definitiva ou cancelamento do Bolsa Família”, explica. 

Mudanças 

O programa passa a ter valor médio de R$ 600, sendo R$ 142 por cada integrante, acrescidos de R$ 150 por criança até seis anos, R$ 50 por pessoa de sete a 18 e R$ 50 a mais por gestante.  

“Então digamos que R$ 142 para uma mãe e um filho de 5 anos, ela vai receber R$ 600, mais R$ 150 da criança que tem de 0 a 6 anos. Agora, se uma família tem 10 integrantes, o núcleo familiar vai receber 142 vezes 10, ou seja, R$ 1420, mas o governo vai estudar o perfil de cara integrante, se tem gestante, mais R$ 50 reais”, explicou. 

Há também a exigência de que, além de matriculadas da escola, a criança precisa estar regularmente vacinada para ter direito ao programa. Eerizania relata que esse monitoramento é feito por um “tripé”. 

“O Bolsa Família conta com um tripé, assistência social, educação e saúde, quem vai colocar todas as informações sobre o pré-natal dessa mãe e sobre a pesagem ou vacinação dessas crianças vai ser a saúde. Com relação à frequência escolar, vai ser a própria educação e a secretaria de assistência social com toda a gestão do cadastro único”, conta. 

Colaborou Lucivan Machado.