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Dia da Mulher: igualdade, respeito e flores

Coluna do Frederico Godoy

06/03/2023 14h00 Atualizada há 2 anos
Por: Ederson lucas
Dia da Mulher: igualdade, respeito e flores

É lamentável que, em pleno Século XXI, com todas as importantes transformações experimentadas pela humanidade em todos os campos de sua existência, a violência contra a mulher seja algo tão presente, que obrigatoriamente tenha que ser inserido na pauta de discussões de comportamento social. 

Mas a realidade é outra. A violência contra a mulher, em todos os sentidos e de todas as formas possíveis, nos compele a adotar medidas concretas e contundentes para que este quadro se reverta. Chega de apenas discursos filosóficos ou com interesses políticos. É urgente que criemos estratégias que conscientizem as pessoas sobre o assunto e edifiquem uma consciência de respeito e igualdade.

A constituição desigual dos lugares de homens e mulheres nas sociedades é fruto da desigualdade estrutural que permeia a humanidade ao longo dos séculos. Um ranço arraigado no comportamento social, histórico e cultural da sociedade, que desenha para a mulher uma condição de submissão e que, sobre ela, o homem tem poder.

A Organização Panamericana da Saúde (OPAS), uma agência internacional especializada em saúde pública nas américas que atua em conjunto com a Organização Mundial da Saúde (MS) e a Organização das Nações Unidas (ONU), são vários os fatores de risco que concorrem para a violência sexual contra a mulher.

Entre eles estão a baixa escolaridade, a exposição à violência entre os pais, o abuso durante a infância, atitudes que permitem violência e desigualdade de gênero. E, numa sociedade relativista e permissiva quanto à degradação dos bons costumes, condições como desemprego, alcoolismo e o ciúme são justificativas aceitas para fazer vistas grossas à violência contra a mulher.

A pesquisa Visível e Invisível: a vitimização de mulheres no Brasil, realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), estima que aproximadamente 18,6 milhões de mulheres foram vítimas de violência no Brasil no ano de 2022. Uma mulher é agredida, em média, quatro vezes em um ano. Mas em entre as mulheres divorciadas esse número mais que dobra.

A pesquisa do FBSP foi realizada pelo instituto Data Folha. Os dados foram colhidos entre 9 e 13 de janeiro de 2023. Foram ouvidas 2.017 pessoas com idade acima de 16 anos em 126 cidades brasileiras. E apontou que 50.692 mulheres sofreram violência diariamente no ano de 2022. Os índices sobre a violência contra a mulher, segundo a pesquisa, pioraram em todos os aspectos.

Segundo a pesquisadora Samira Bueno, diretora executiva do FBSP, com base nas revelações da pesquisa, alertou que o Brasil está diante de um quadro relevante e preocupante de aumento da violência contra a mulher.

Os dados do Observatório de Segurança Pública de Goiás, ligado à SSP/GO, revelam que houve uma ligeira queda dos casos de violência contra a mulher em Goiás, mas os números absolutos ainda são preocupantes. Em 2022 foram registrados no estado 48 feminicídios, 238 estupros, 11.739 queixas de ameaças, 8.247 denúncias de lesão corporal e 8.544 denúncias de crime contra a honra (injúria e difamação).

No exercício de nosso mandato parlamentar temos proposto e incentivado iniciativas que concorram para o combate sistemático à prática de violência contra a mulher. E que também, de outro lado, exaltem o sentimento de igualdade e de respeito às mulheres.

A Lei Maria da Penha e a Patrulha Maria da Penha, por exemplo, contam com nosso respeito incondicional. São instrumentos essenciais para garantir o direito das mulheres e assegurar que agressores sejam responsabilizados com a severidade que a situação exige.

Na Câmara Municipal de Anápolis também conta com nosso apoio a Procuradoria Especial da Mulher, que tem o compromisso de unir todos os setores e movimentos da cidade que trabalham em favor da mulher. Um espaço importante no processo de construção de políticas públicas eficazes neste viés. No mês da mulher o legislativo também confere a Medalha Dulce de Faria a mulheres que se destacam na sociedade.

O esporte também é um campo eficaz para construir esse sentimento. Neste final de semana, dias 3, 4 e 5, a BT Family em parceria com a Maresia Sports promoveram um torneio de beach tennis denominado ‘Torneio Delas’. Uma competição realizada no contexto da comemoração do Dia Internacional da Mulher.

O ‘Torneio Delas’ reuniu atletas para disputas nas categorias feminina e mista, com premiação para todas as categorias. O evento teve ainda atrações como fisioterapia, salão de beleza e espaço fitness. Uma iniciativa inteligente, voltada à valorização da mulher e na convivência respeitosa entre os gêneros.

Para homenagear as mulheres participei do torneio. Fiz dupla com a vereadora @thaissouza, na  categoria Mista C. Chegamos à semifinal. Thais merece os parabéns. Jogou muito.

Enfim, por tudo isso, o mês da mulher precisa ser mais que uma data no calendário. É primordial que sejam estabelecidos compromissos de ação concreta e de construção de políticas públicas voltadas à mulher. De lutar contra a desigualdade estrutural. E, além de muitas e muitas flores, ofertar como presente às mulheres a garantia que eles serão sempre respeitadas em sua dignidade.

Meu desejo para as mulheres, no seu dia, é que sejam felizes. Igualdade, respeito e flores!!! 

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