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Minha Casa, Minha Vida: moradia a quem precisa, geração de emprego e renda

Fred Godoy

21/02/2023 12h10 Atualizada há 2 anos
Por: Ederson lucas
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

O empresário do setor imobiliário sabe o quanto é decisiva para o desenvolvimento socioeconômico das cidades e do país a execução de uma política de gestão que fomente a execução de obras e o aquecimento do mercado da construção civil. Com a experiência de mais de 15 anos no mercado imobiliário, podemos afirmar categoricamente que os programas habitacionais voltados à população economicamente mais vulnerável, tem o poder de provocar o desenvolvimento social e, ao mesmo tempo, geram emprego e renda.

 

Além de ser um programa de profunda transformação social, o ‘Minha Casa, Minha Vida’, criado em 2009 pelo governo federal, desencadeou o desenvolvimento econômico e impulsionou a geração de empregos por meio do mercado imobiliário. Foi um marco para o aquecimento do setor da construção de moradias para famílias de baixa renda, na faixa salarial de três a dez salários mínimos. Esse contingente, que até então era meio que ignorado pelo mercado, passou a ser considerado.   

 

Num período de dez anos o governo federal investiu mais de R$ 100 bi em todo o território nacional. Com o programa, o Estado garante moradia para que mais precisa e, ao mesmo tempo, aquece o comércio e a indústria, gera emprego e renda, e leva moradia digna e o sonho da casa própria para milhões de brasileiros. O ‘Minha Casa, Minha Vida’ foi um dos principais responsáveis pelo ótimo momento que viveu a construção civil brasileira. O programa colaborou para diversas áreas que movimentam a economia, como a de materiais de construção e serviços.

 

Em Goiás, 156 mil famílias em déficit habitacional atualmente, há um dado ainda mais relevante, segundo o Instituto Mauro Borges. Pelo menos 71% do total dessas famílias tinham dificuldade em arcar com os custos do aluguel. Em números absolutos referentes ao ano de 2018, isso corresponde a 113 mil famílias nessas condições, o que significa algo em torno de 319 mil pessoas diretamente em situação de vulnerabilidade habitacional. 

 

Outro diagnóstico mais recente, proveniente do Cadastro Único do governo federal, aponta que já havia em Goiás, em 2020, mais de 401 mil pessoas em situação de déficit habitacional, o que representa 5,7% da população. E neste início de 2023, com grau expressivo de satisfação, observamos os entendimentos do Governo de Goiás e o Governo Federal para a retomada da construção de moradias populares a partir da reativação do ‘Minha Casa, Minha Vida’. 

 

A atitude do governador Ronaldo Caiado (União) e do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que deixam para traz as diferenças partidárias ou rusgas políticas, para pensar nas ações de governo que podem beneficiar os cidadãos, é um alento a todos nós que buscamos políticas públicas continuadas de alto alcance social. O presidente da Agência Goiana de Habitação (Agehab), Pedro Sales, inclusive, já se reuniu com o ministro das Cidades, Jader Filho, para debater a nova legislação do ‘Minha Casa, Minha Vida’.

 

As divergências que naturalmente ocorrem quando são alteradas as regras de execução de programas como este serão superadas. Os gestores visionários e comprometidos com o bem-estar daqueles que representa entendem a relevância de estabelecer parcerias que garantam o sucesso de programas como o ‘Minha Casa, Minha Vida’. Um programa que tem mais prós que contra.

 

Possibilitar o acesso de uma família à casa própria é um ato que supera qualquer divergência política. Numa recente entrevista à imprensa o prefeito Roberto Naves lançou ao ar a possibilidade de parceria entre a Prefeitura de Anápolis e o Governo Federal nos projetos de habitação. O prefeito sugeriu que o município entre com o terreno, talvez até por meio do programa ‘Meu lote, minha história’, e o Governo Federal com a construção da casa. Fica aqui nossa torcida para que essa ideia progrida.

 

Frederico Godoy, Corretor  de Imóveis e vereador

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